terça-feira, junho 30, 2009

Retextualização do Conto 'A Cartomante" de Machado de Assis por Alexandra Espíndola

Alexandra Espíndola, professora de Língua Portuguesa da Escola Professora Antonieta Silveira de Souza, é uma das participantes do Programa de Formação Continuada da Rede Municipal de Palhoça. Como tarefa de uma das oficinas, ela realizou a Retextualização do Conto "A Cartomante" de Machado de Assis.

A seguir, está a sequência didática elaborada pela professora Alexandra.

Retextualização: "A Cartomante" de Machado de Assis

Objetivo geral: produzir uma retextualização a partir do conto “A Cartomante”, de Machado de Assis.

Objetivos específicos:
conhecer a biografia de Machado de Assis;
entender o momento histórico – final do século XIX;
ler o texto“A Cartomante”, de Machado de Assis;
assistir ao filme “A Cartomante”, direção e roteiro de Wagner de Assis;
compreender a trama desse conto;
entender sua estrutura narrativa;
analisar os personagens;
observar a posição do narrador;
apresentar oralmente o texto;
reescrever o texto oral, fazendo as devidas transformações;
criar uma sinopse do filme.
socializar os textos escritos produzidos.

1º passo: o professor falará sobre a vida de Machado de Assis e pedirá aos alunos uma pesquisa com mais informações sobre a biografia desse autor. O que os alunos trouxerem deverá ser lido para a turma.

2º passo: o professor de Língua Portuguesa pedirá ao professor de história uma retomada do contexto sócio-político do final do século XIX para que os alunos compreendam melhor as condições de produção de Machado de Assis e a posição dele no campo político e artístico da época.

3º passo: ler o texto completo. É importante que o professor inicie a leitura em voz alta e interprete a primeira parte do texto para os alunos, pois a linguagem não do conto não é a que os alunos de 8ª série estão acostumados e a primeira frase do texto é Shakespeare. Além disso, nessa leitura inicial, o professor pode aproveitar para instigar a curiosidade da turma. Após o conto lido, um debate será feito para compreender a trama e sua estrutura. Os alunos poderão ainda atentar para a construção dos personagens, e o professor para o posicionamento do narrador.


4º passo: assistir ao filme. Nessa etapa o professor vai parando o filme para abrir discussões sobre a adaptação e a releitura feitas do conto para o filme. Essas paradas também servem para que os alunos façam suas inferências e apontem as diferenças e semelhanças com o texto. Após o término do filme, o mesmo debate sobre a trama, a estrutura e as personagens feito no 3º passo pode ser retomado aqui.

5º passo: texto lido, filme assistido – agora os alunos escolherão uma maneira de, em grupo, apresentar oralmente tudo que viram até aqui. Poderão fazer uma apresentação em forma de teatro, de jornalismo, de seminário etc. Poderão optar por apresentar somente sobre o texto ou sobre texto e filme juntos. É importante que os alunos não se prendam somente no filme, afinal, o nosso objeto de estudo é a literatura, não o cinema.

6º passo: preparação para a apresentação – cada aluno deverá produzir um texto oral para apresentar, ou seja, preparar suas falas. Nesse texto, o professor deve esclarecer que a linguagem não precisa obedecer às normas padrão da língua culta. Nesse passo, o professor pode montar uma banca para que um grupo ajude avaliar o outro. Elementos que podem ser analisados: registro da língua (vulgar, coloquial despreocupada, coloquial culta, formal) – entendendo a linguagem de acordo com cada tipo de apresentação; tom (monótono, expressivo, caloroso, impaciente); mensagem (compreensiva, incompreensiva); comportamento (postura).

7º passo: após essas etapas, o professor pedirá para que os alunos reescrevam seus textos orais da apresentação, utilizando agora uma variante mais formal da língua, atentando às exigências da língua culta. Essas transformações da “fala” para a escrita deverão ser utilizadas pelo professor, que selecionará alguns trechos das produções dos alunos que evidenciam maiores mudanças. Essa seleção poderá ser digitada e impressa para que cada aluno tenha em mãos esse material, o qual servirá de discussão.

8º passo: os textos produzidos devem ser lidos para a turma. Os alunos poderão ainda ler sua retextualização apontando para as mudanças feitas.

Variante: o professor explicará o que é o gênero sinopse, levará alguns de exemplo e pedirá para que cada grupo crie uma sinopse do filme ou do texto, com uma linguagem clara e objetiva, e uma capa de livro ou encarte de DVD. Os resultados poderão ser expostos na sala.

Sugestão: Para continuar a mesma temática, o professor pode levar para a turma a música de Elis Regina, intitulada “A Cartomante”, e o conto de Lima Barreto, também com o mesmo título. É uma maneira de retomar Machado de Assis, fazer relações com esses outros textos e iniciar uma nova sequência didática.


Fotos da apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos da Professora Alexandra.




segunda-feira, junho 29, 2009

Avaliação Gestar II - Língua Portuguesa por Jair J Pereira

Chegamos ao nono encontro do Programa de Formação Continuada Gestar II. Até aqui o que se pode afirmar, com toda certeza, é que os professores-cursistas entenderam a proposta, porque os resultados em sala de aula já estão surpreendendo a todos.
Muitos profissionais que iniciaram o Curso desmotivados, hoje sentem prazer em participar das atividades, inclusive sugerindo que essa ideia de discussão em grupo seja mantida para os próximos anos. É gratificante acompanhar a mudança na prática pedagógica de nosso professor. Talvez esteja aí, a grande contribuição do Gestar II aos professores de Língua Portuguesa.
Acreditamos que é a partir da troca constante de experiências que construiremos uma identidade para o ensino de língua materna na rede municipal de Palhoça.
Desfios são enormes, mas percebemos através da criatividade e da ousadia de nosso professor que é possível uma metodologia de ensino diferente, que seja capaz de contemplar o mundo de vivências de nosso aluno. Mesmo que para isso seja necessário romper com paradgmas.
A avaliação que se pode fazer desses nove encontros é muito positiva. O grupo de Língua Portuguesa composto por dez profissionais criou vínculos com a proposta do Programa. E com isso, não há espaço para pessimismo. Percebe-se, sim, um compromisso muito forte com os ideais de mudança.
Ainda, vale destacar que todo o material de nossa discussão, bem como a produção do professor-cursita e do aluno serão publicados no caderno pedagógico que será disponibilizado a toda a rede municipal de Palhoça.




domingo, junho 28, 2009

9° encontro de Matemática - GESTAR II

Resultado do 9º encontro com professores da rede municipal de Palhoça quanto ao programa GESTAR II que aconteceu no dia 26/06/2009.


A unidade 9 do TP3 que trabalha, principalmente, com poliedros e prismas foi o assunto deste encontro. Esta unidade é referente a sessão coletiva 5 e contou com a presença dos cinco participantes.

Começamos o encontro com a segunda atividade sugerida pela oficina. Esta solicitava uma revisão da leitura da unidade 9 reforçando os conceitos de poliedros e prismas. Além disso, oportunizava o esclarecimento de dúvidas, caso tenha ocorrido. Os professores avaliavam as figuras apresentadas justificando o porquê de esta ser um poliedro e prisma ou somente poliedro.

Concluída a atividade 2, fomos para a atividade 3 que sugeria a construção de um caleidociclo. Antes da mobilização dos materiais foi feita uma exposição do que seria um caleidociclo com a apresentação de alguns exemplos, em vídeo e em foto (anexados abaixo). A partir dessa motivação iniciamos a confecção. Vejamos como ficaram os caleidociclos dos professores:


Com a figura em mãos, concluída, respondemos as perguntas da atividade. Uma delas, que solicitava a medida do raio do cilindro, gerou uma discussão mais prolongada. Isso porque alguns calcularam esta medida visualizando a figura e outros com a calculadora chegando a resultados diferentes. A conclusão para este fato é de que foi preciso usar uma aproximação para o pi já que os resultados estavam bem próximos.
A conversa seguiu com observações do que de matemática poderíamos aproveitar se estivéssemos em sala de aula. Junto, os professores ficaram imaginando seus alunos diante de uma tarefa como essa. Foi muito interessante ver a alegria desses professores com seus “bonequinhos” nas mãos.

O encontro terminou com a atividade 1 da sessão coletiva. Esta atividade solicitava a construção de um poliedro não padronizado utilizando recortes de cartolina. Após a construção, devido ao tempo, falamos brevemente da matemática envolvida que poderia estar sendo aproveitada com os alunos. A seguir, um vídeo mostrando um momento da construção do poliedro e uma foto com as construções obtidas:

Foi mais um encontro muito proveitoso com pessoas especiais. Parabéns professores, principalmente pela dedicação dada ao curso.


ANEXOS

1. Vídeos dos caleidociclos: a) http://www.youtube.com/watch?v=XyArt-u_LNE - b) http://www.youtube.com/watch?v=dqbKAtj9hxg

2. Apresentação do caleidociclo no encontro - http://www.megaupload.com/?d=LA54R6DW

3. Tipos de caleidociclo - http://caleidociclos.110mb.com/caleidociclos.html


(Após clicar no link 2 acima, para acessar o documento, preencha o "Digite isso aqui", clique no "Baixar arquivo" e, por último, clique em "Download comum")

segunda-feira, junho 22, 2009

8º encontro de Matemática - GESTAR II

Resultado do 8º encontro com professores da rede municipal de Palhoça quanto ao programa GESTAR II que aconteceu no dia 19/06/2009.

Neste encontro trabalhamos com a unidade 8 do TP2 contando com a presença de 100% dos participantes. Como combinado, o encontro referente à unidade par é de estudo visando à aplicação em sala da atividade proposta pelo material do GESTAR, o relato da atividade anterior por cada participante e qualquer outro assunto que o grupo acredita ser importante estar tratando.
Iniciamos, assim, falando do projeto que foi solicitado para o final do curso. Duas sugestões para tema foram colocadas e uma delas agradou a maior parte do grupo: Imposto. Este tema, segundo os cursistas, possibilitará uma problemática interessante, além de conscientizar nossos alunos desde cedo para esta questão. Um primeiro material foi disponibilizado ao grupo pela professora Mariza para que todos possam ter um primeiro contato a fim de confirmar o tema para trabalhar o projeto.
Num segundo momento, fizemos o relato da tarefa do encontro anterior referente à aplicação em sala de aula da unidade 6 do TP2. Todos tiveram a oportunidade de expor suas dificuldades, suas surpresas, entre outros. Aproveito para lembrá-los que esses relatos junto com os planos de aula de cada cursista, para cada unidade par, encontram-se neste blog.
Seguimos o encontro conversando sobre a próxima tarefa. Foi colocado, mais uma vez, que cada professor tem a autonomia de modificar a tarefa proposta no TP ao realizar a transposição didática e que pudessem estar aproveitando os AAAs para tal.
Antes de dar sequência ao encontro, fizemos uma pausa para receber a visita da Secretaria de Educação representada por Nice, Lilian e Edivane (na foto acima, as três que estão de pé). Conversamos sobre o programa GESTAR e sobre o ensino fundamental do município, principalmente quanto ao EJA. Foi um momento onde todos puderam falar dos pontos positivos e das suas frustrações que enriquecem qualquer trabalho quando se trata de educação.
Enfim, seguimos com o estudo da unidade 8. Começamos pela seção 3 por se tratar da transposição didática com sugestões apresentadas pelo grupo para o planejamento das aulas. Posteriormente, iniciamos o estudo das seções 1 e 2 que não foi concluída. Isso se deu pelas diversas discussões que foram sendo colocadas quanto às situações vivenciadas pelos professores em sala de aula e em seus estudos. Essas interrupções permitiram uma troca de experiências que só faz enriquecer nosso trabalho.
Valeu professores! Foi um encontro muito gostoso.

sexta-feira, junho 19, 2009

GESTAR II – Matemática – Unidade 4 do TP1 por Aloísio José Battisti (cursista)

Aloísio José Battisti, professor de Matemática de uma escola municipal de Palhoça, é um dos cursistas do programa GESTAR II. Como tarefa de uma das oficinas, ele precisava realizar o “Socializando o seu conhecimento e experiências de sala de aula” que consta na unidade 4 do TP1. A seguir, está o que o professor concretizou:

a) Síntese da unidade

Sobre o texto da situação problema: A carga tributária do brasileiro. Isso é o brasileiro paga muito imposto e não participa da implantação de leis relacionadas ao assunto. Esse assunto não foi levado à discussão em sala de aula. Mas pesquisamos sobre por que o aluno do EJA em determinado momento pára de estudar e as conclusões foram porque precisam trabalhar o que contraria a hipótese do desinteresse de estudar.

b) Resultados observados em sala de aula

Atividade com a turma da 7a série do EJA. Inicialmente a turma se inteirou da problemática da desistência de estudar, e fizemos um questionário que relacionava os motivos que justificam por que o aluno do EJA parou em determinado momento de estudar.

Inicialmente houve divisão da turma em 4 grupos, e cada grupo aplicou o questionário numa das turmas do EJA. Fizeram a contagem para cada item relacionado, e definiram uma razão (frequência absoluta) que compara com o número de alunos que responderam o questionário.

Calcularam os percentuais relativos a cada fração (frequência relativa), e também o ângulo com relação aos 360o e 100%. Por último, fizeram os gráficos de cada turma e os cartazes.

Um ponto interessante que normalmente não ocorre é o da coleta de dados, através dos questionários, e em seguida o entendimento de fazer a contagem para cada item das respostas, que não foi necessário eu explicar.

As dificuldades encontradas foram de relacionar as duas variáveis: razão com a porcentagem e a porcentagem com o ângulo.

A importância dessa atividade é a de capacitá-los para fazer a leitura de gráficos. E como o gráfico é feito por eles de alguma forma isso é uma produção que valoriza todo o EJA.

Alguns fatos me chamaram a atenção, primeiramente essa atividade de alguma forma melhorou o relacionamento da turma. Também a valorização pessoal, onde cada um fez a sua parte para completar a atividade. E, por ultimo, como houve uma auto-avaliação decorrente da produção gráfica, os alunos deram-se as notas pela avaliação da própria participação.

c) Aplicação da tarefa na sala de aula

7a série – EJA

Apresentação: Essa atividade que envolve a estatística faz aplicação de questionário, tabelas e gráficos.

Objetivo: Exercitar o cálculo de números racionais positivos e aplicação de porcentagem.

Duração: 3 aulas
1a aula: Aplicação do questionário, contagem e relacionar frações;
2a aula: Completar a tabela: encontrar porcentagens de cada item, e calcular os respectivos ângulos.
3a aula: Elaborar os gráficos de setores e fazer os cartazes.

Estratégias: aula dialogada e uso de quadro e giz.

Conteúdos: Estudo da razão e da porcentagem e Estudo da Estatística: coleta de dados, contagem, tabelas, porcentagem e gráfico de setores.

O que é estatística?
Resposta: Estatística é um conjunto de métodos usados para obter, organizar e analisar informações numéricas.

O que é gráfico de setores?
Resposta: O gráfico de setores é muito utilizado em estatística, pois mostra as diversas partes em que se divide o todo.

Bibliografia: SONIA, Vieira. Wada, Ronaldo. O que é estatística. São Paulo: Brasiliense,1991.

Questionário: Aplicado nas quatro turmas do EJA.

PORQUE PAROU?
( ) TRABALHO
( ) CASAMENTO
( ) DESINTERESSE
( ) OUTROS. Quais?........................................................

TABELA

1o) Complete a tabela: POR QUE PAROU DE ESTUDAR?
(abaixo, um exemplo dessa tabela)

2o) Uma razão é a fração que relaciona duas medidas. Encontre a fração que relaciona cada item das respostas.

..........., ............, ............, e ................

3o) Calcule a porcentagem para cada fração em relação a 100%, nos itens 1, 2, 3, e 4. Faça o arredondamento do percentual para somar 100%, e escreva o valor numérico na tabela.

4o) Calcule o ângulo em relação a cada porcentagem, nos itens 1, 2, 3, e 4. Faça o arredondamento do ângulo para somar 360o e acrescente o valor numérico na tabela.


ANEXOS



GESTAR II – Matemática – Unidade 6 do TP2 por Sandra Murita Pagani (cursista)

Sandra Murita Pagani, professora de Matemática de uma escola municipal de Palhoça, é uma das cursistas do programa GESTAR II. Como tarefa de uma das oficinas, ela precisava realizar o “Socializando o seu conhecimento e experiências de sala de aula” que consta na unidade 6 do TP2. A seguir, está o que a professora concretizou:

a) Síntese da unidade

Nessa unidade foram trabalhados os conceitos matemáticos como:
- Números Relativos e Operações;
- Unidade de medidas de superfície, área, volume, massa, tempo;
- Grandezas

Foram nos apresentado situações problemas com números relativos onde não estamos acostumados a repassar dessa maneira para sala de aula, geralmente trabalhamos (eu) com situações financeiras, temperaturas e profundidades, já estamos acostumados a trabalhar assim e geralmente os alunos aprendem dessa maneira. É lógico que o aluno tem que ter conhecimento de situações diferentes, tem que ampliar seus conhecimentos matemáticos, mais não necessariamente aprender através de situações que nos foi apresentada na seção 2. Sinceramente gosto mais, e acredito que o aluno aprende rapidamente, operações com números relativos, quando o professor trabalha a realidade dele como, por exemplo, situações financeiras do cotidiano dele.

Não tive dificuldades para fazer as atividades propostas, mais ainda encontro dificuldades para trabalhar com o material dourado, portanto se tivéssemos a oportunidade de termos uma aula (oficina) com esse material seria maravilhoso, para que o nosso aluno compreenda melhor a mudança de unidade de medida.

b) Resultados observados em sala de aula

De início a tarefa não foi bem aceita pelos alunos, encontrei algumas dificuldades como um local adequado para correr descalço na Escola e a resistência dos alunos em correr descalço.

Assim que começamos a atividade, os alunos foram se interessando e a curiosidade em aplicar a tarefa (correr) em cálculos matemáticos foi levando-os a fazer a tarefa com mais interesse.

c) Aplicação da tarefa na sala de aula

Tema: Números Relativos e operações por meio da organização de dados na comparação de resultados dos alunos numa corrida de 100 metros.

Conceitos Trabalhados: Números Relativos, Operações com os números Relativos, Medidas e Unidades de Medidas

Objetivos: Utilizar o tratamento de informação para promover os estudos dos números relativos e suas operações; Utilizar os conceitos de medidas, números decimais e grandezas.

Faixa Etária: 16 anos
Tempo: 125 minutos (3 aulas)
Material: Lápis, Papel, Cronômetro, Metro.

Situação Problema: Comparar o rendimento dos alunos, em segundos, correndo 100 metros

Atividades
1) Correr 100 metros.
a) Calçados e com calça comprida.
b) Calçados e com calção.
c) Descalços e com calça comprida.
d) Descalços e com calção.

ANEXOS



quinta-feira, junho 18, 2009

GESTAR II – Matemática – Unidade 2 do TP1 por Aloísio José Battisti (cursista)

Aloísio José Battisti, professor de Matemática de uma escola municipal de Palhoça, é um dos cursistas do programa GESTAR II. Como tarefa de uma das oficinas, ele precisava realizar o “Socializando o seu conhecimento e experiências de sala de aula” que consta na unidade 2 do TP1. A seguir, está o que o professor concretizou:

a) Síntese da unidade

Independentemente, do que faz cada um, todos precisam se alimentar. Mesmo o corpo em repouso consome energia. Mas aquele que mau se alimenta e também os que consomem de tudo, estão propensos a entrar na lista dos anêmicos. Pois, alimentos carentes de ferro, por consequência, geram organismos anêmicos. Por isso, muitos alimentos produzidos em larga escala estão recebendo uma dose extra do nutriente.

b) Resultados observados em sala de aula

Atividade com a turma da 6a série do EJA. Inicialmente a turma se inteirou da problemática alimentar com a leitura de um texto explicativo sobre: o que é a anemia.
Com as tabelas em mãos, tomamos as categorias: Crianças até 10 anos, Homens a partir de 19 anos, e Mulheres a partir de 51 anos, que segundo a recomendação diária de ingestão de ferro precisam de 10mg do nutriente.
Inicialmente houve alguma dificuldade sobre como fazer para trabalhar com a duas variáveis: peso do alimento, e quantidade de nutriente.
Foram trabalhados em sala de aula dois cardápios, com carne de boi magra, feijão roxinho e brócolis, ou feijão verde e alface.

E mais uma atividade proposta para avaliação em que cada um fez o seu próprio cardápio. Os alunos que participaram da atividade fizeram um cardápio para mulheres entre 11 e 50 anos que precisam de 15mg diárias de ferro.
Como estamos trabalhando o conteúdo das operações com números decimais na 6a série (EJA), aplicamos a atividade, dieta alimentar, que envolve os números racionais positivos.
Utilizamos quadro e giz, o texto, e tabelas da apostila GESTAR II. Através de aulas dialogadas para construir os cardápios, e justificar a aplicação dos números decimais.

c) Aplicação da tarefa na sala de aula

Turma: 6a série – EJA

Apresentação: A turma já conhece as quatro operações com números decimais.
Objetivo: Exercitar o cálculo com a aplicação dos números decimais, e uso das tabelas sobre a dieta diária com o nutriente ferro.
Duração: 3 aulas (1a aula: Interação, 2a aula: atividade proposta e 3a aula: atividade para os alunos)
Estratégias: aula dialogada, uso de quadro e giz.

1a aula: Interação

Dieta e anemia

O consumo de alimentos ricos em ferro é essencial para a prevenção da anemia por deficiência de ferro. Importante diferenciar entre alimentos contendo ferro na forma heme (origem animal) e não-heme (origem vegetal), sendo que os primeiros têm maior aproveitamento (em torno de 30%) que os últimos (em torno de 10%). Há importante relação da absorção do ferro com a dieta, com fatores contribuintes para sua maior absorção (pH ácido do estômago, vitamina C, proteína da carne) e os que a prejudicam (cereais - efeito quelante, chás, café, refrigerantes, proteína do leite e do ovo).

Recomendação diária de ingestão de ferro.

Crianças até 10 anos 10mg
Homens entre 11 e 18 anos 12mg
Homens a partir de 19 anos 10mg
Mulheres entre 11 e 50 anos 15mg
Mulheres a partir de 51 anos 10mg
Mulheres grávidas 30mg
Mulheres lactantes 15mg

Alimentos ricos em ferro. (por 100g)

Carne de boi magra 3,2mg
Feijão preto 4,30mg
Feijão roxinho 3,30mg
Feijão verde 1,40mg
Alface 1,10mg
Brócolis 1,30mg
Agrião 2,60mg
Couve 2,20mg

2a aula: atividade proposta para completar em sala de aula.

Formar duas dietas de 500gr, com três alimentos e que satisfaça a quantidade que precisa-se ingerir de ferro diariamente, de 10g para as categorias: crianças até 10 anos, homens a partir de 19 anos, e mulheres a partir de 51 anos.

150gr de carne
150gr de feijão r

200gr de carne
250gr de feijão v.

3a aula: atividade para os alunos

Cada aluno fazer uma dieta de 500gr com três alimentos para determinada categoria.

ANEXOS

GESTAR II – Matemática – Unidade 4 do TP1 por Sandra Murita Pagani (cursista)

Sandra Murita Pagani, professora de Matemática de uma escola municipal de Palhoça, é uma das cursistas do programa GESTAR II. Como tarefa de uma das oficinas, ela precisava realizar o “Socializando o seu conhecimento e experiências de sala de aula” que consta na unidade 4 do TP1. A seguir, está o que a professora concretizou:

a) Síntese da unidade

Nesta unidade foram trabalhados os conceitos matemáticos como: porcentagens, representação de tabelas em gráficos circulares, de barra e colunas, números negativos e traçado de ângulos. Foi muito interessante trabalhar com taxas e impostos pagos aos governos (Municipal, Estadual e Federal) através de nossas próprias contas como: Luz, Água, Telefone, Etc. Não tive dificuldades e sim, um susto muito grande, ao verificar o quanto pagamos de impostos aos nossos governantes. Foi durante as atividades, que tive a oportunidade de verificar pela primeira vez o quanto pago de impostos mensalmente e anualmente. Fiquei perplexa com o montante de taxas inclusas nas contas de Água, Luz e Telefone.

Um dos pontos mais interessante foi tomar conhecimento da quantidade de impostos e taxas pagos pelos brasileiros. Outro ponto foram os textos que tem tudo haver com a educação do nosso jovem cidadão. Talvez se conscientize da importância de economizar água, luz e até comprar com cartão de crédito.

b) Resultados observados em sala de aula

Um dos pontos mais interessantes da aula, foi ficar observando os alunos a manipularem o transferidor, foi até engraçado muitos não sabiam como usá-lo para medir ângulos. Outro ponto foi quando preencheram a tabela e desenharam o gráfico, observá-los a discutirem entre si sobre: O que estou fazendo com o meu tempo?

Outros acharam interessante observar no gráfico o tempo de sono de cada um e como dividem seu dia, de acordo com as atividades da tabela.

As dificuldades encontradas durante a realização da tarefa foi transformar horas em minutos, minutos em ângulos e manusear o transferidor para achar o ângulo correspondente.

Em geral os alunos gostaram das atividades, além de fazer com que refletissem sobre as atividades que praticam durante as 24hs. Aprenderam matemática numa aula diferente e divertida. Fizeram o gráfico, aprenderam a usar o transferidor e ainda aprenderam a transformar horas em minutos, achar o ângulo correspondente e ainda fazer os cálculos matemáticos através da proporção.

c) Aplicação da tarefa na sala de aula

Plano de Aula (Educação de Jovens e Adultos)
Série: 8ª

Tema: Construção do conhecimento matemático em ação: Representação de dados em gráfico circulares e traçado de ângulos.

Conceitos Trabalhados: Porcentagem, ângulos e gráficos circulares.

Objetivo: Conhecer e produzir situações didáticas envolvendo gráficos e traçado de ângulos.
Faixa etária: 16 anos

Tempo: 90min

Material: Papel, Lápis, Régua e Transferidor.

Situação Problema: Refletir sobre o que fazem com o próprio tempo.

Atividades

1) Preencher a tabela com atenção e transferir as informações para gráfico circular.

Atividades Diárias .......................................................................... Tempo Gasto
Sono .................................................................................................
Estudo (na escola outros cursos, casa) .......................................
Lazer (TV, papos, namoro, etc) ...................................................
Trabalho fora ou dentro de casa
(arrumar a casa, ajudar tarefas da casa, outros serviços) .......
Atividade Física ( malhação, esporte, jogos, etc) ......................
Tempo restante .............................................................................

No final da atividade, comparar entre si como é a divisão de tempo de cada um, e também qual aluno dorme mais, que mais estuda, quem mais trabalha, e quem tem mais lazer.


ANEXOS



Parecer de dois livros - Matemática - 1º ao 5º ano

A escolha de livros didáticos para os anos iniciais do ensino fundamental aconteceu neste dia 17/06/09 no CAIC. Nossa equipe também fez uma opção dando um parecer para tal. Em anexo, consta este parecer para a escolha dos livros de Matemática dos livros Porta Aberta e Projeto Prosa:
(Após clicar no link acima, para acessar o documento, preencha o "Digite isso aqui", clique no "Baixar arquivo" e, por último, clique em "Download comum")

terça-feira, junho 16, 2009

Curso de aperfeiçoamento pela Universidade Aberta do Brasil (UAB) em parceria com a UFSC

A Universidade Aberta do Brasil (UAB) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abriu vagas para os cursos de aperfeiçoamento em Educação de Jovens e Adultos e Educação na Diversidade e Cidadania. Os cursos destinam-se a todos os professores das redes públicas estaduais e municipais que já tenham concluído o terceiro grau e terá como local de realização o pólo de Ensino a Distância de São José. As inscrições deverão ser feitas até o dia 30 de junho pelo site http://www.ead.ufsc.br/, conforme especificado no edital anexo.

ANEXO - edital - http://www.ead.ufsc.br/portal/wp-content/uploads/2009/06/005-2009_-cursos-aperfeicoamento.pdf

quarta-feira, junho 10, 2009

Sequência Didática de Língua Portuguesa por Alexandra Espíndola

A professora Alexandra Espíndola, através da metodologia discutida no Programa de Formação Continuada GESTAR II, desenvolveu uma sequência didática para trabalhar o texto descritivo com os seus alunos na Escola Professora Antonieta Silveira de Souza.

Segue abaixo esta sequência para que os demais professores possam, quem sabe, aplicá-la também em sala de aula.

O texto descritivo

Série: 5ª

Número de aulas previstas: 04

Objetivo geral: iniciar o estudo da descrição.

Objetivos específicos:
estimular a sensibilidade poética;
reconstruir as imagens que compõem um texto;
produzir textos descritivos – orais e escritos;
mostrar que descrições são refabulações.

Disposição na sala: em círculo.

Material: papel e lápis de cor.


1º passo: O professor lançará estas perguntas para os estudantes, que responderão oralmente:

Diga o que vier à cabeça ao ouvir estas palavras: amor, tranquilidade, vida.

Essas palavras foram selecionadas por sugestão do que o poema “Cidadezinha qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade, parece exprimir. Enquanto os alunos falam sobre essas palavras, o professor vai pedindo que eles dêem exemplos e façam descrições.

Exemplo: se um aluno relacionar amor à sua mãe, estimulá-lo a pensar numa situação, um momento em que a mãe está demonstrando esse sentimento e pedir que ele dê detalhes do que está imaginando.

2º passo: Entregar este poema de Carlos Drummond de Andrade aos alunos e pedir para que leiam, mas que não comentem o que sentiram do texto.

Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

3º passo: Solicitar que expressem, por meio de desenho, o que entenderam, o que sentiram e o que viram naquelas cenas.

Logo que começarem, terão de entregar seu esboço para seu amigo do lado direito, pegar o do amigo do lado esquerdo e continuar o desenho que recebeu, assim como aquele que pegou o seu deverá fazer.

O professor pode estipular alguns minutos para cada troca de folhas.

4º passo: Quando cada qual estiver com o desenho que iniciou, deverá mostrar para a turma, dizer o que pretendia desenhar, descrever o resultado feito pelos amigos e apontar as diferenças das intenções.

5º passo: Agora, em sua folha, os alunos deverão descrever as cenas construídas no desenho. Eles poderão escolher pela produção em verso ou em prosa.

6º passo: Ao término, cada aluno lerá seu texto para a turma. Após cada leitura, o professor abre para a discussão, estimulando os alunos a comparar seus textos com o poema de Drummond.

7º passo: Para fazer uma análise crítico-comparativa entre textos do mesmo autor, o professor poderá levar outro poema de Drummond e, a partir deles, analisar as temáticas, o momento histórico e o contexto sócio-geográfico dos textos para iniciar um debate sobre a literatura e suas relações com a sociedade.

Sugestão:

Stop!
a vida parou
ou foi o automóvel?


Para levar a discussão mais adiante e trazer para os dias atuais, o professor pode levar a música de Lenine, intitulada Paciência.


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço horaVou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...


Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempoPrá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não pára não...
A vida não pára!...
A vida é tão rara!...

Possibilidade 1: Com essa música, o professor pode, além de levantar discussões sobre a condição do homem no mundo moderno, retomar a descrição e entrecruzar com outros tipos de texto, narrativo e dissertativo (texto de opinião), por exemplo, relacionando temáticas.

Debate: Após esse estudo, um debate pode ser feito com a finalidade de comparar os textos lidos e produzidos, destacando as semelhanças e diferenças de descrição de uma forma de texto a outra, de um canal para um outro.

É interessante que os alunos, por fim, produzam um texto descritivo, podendo optar por verso ou prosa, literário ou jornalístico.

Com essa última produção, o professor terá material para analisar se os alunos assimilaram os gêneros e as possibilidades de fazer um texto descritivo.

Resultado: Após aplicar todo esse procedimento, pedi para que os alunos escrevessem um texto descritivo sobre o bairro onde moram. Percebi que eles se preocuparam mais em dar descrições das condições sociais e menos com a descrição físico-geográfica, o que julguei positivo, porque isso mostra que eles têm um olhar crítico do espaço onde moram.
Esse trabalho continuará com os seguintes passos:
cada aluno lerá seu texto para a turma. Como eles moram em bairros diferentes, o professor pode pedir que eles observem as diferenças e semelhanças entre os bairros;
montar um texto coletivo é importante antes do trabalho de reescritura individual, porque o professor pode chamar atenção para a construção dos períodos e alguns tópicos gramaticais;
reescritura individual.

terça-feira, junho 09, 2009

Palestra de CELSO VASCONCELLOS – O que é necessário para que o aluno aprenda?

A Editora IBEP ofereceu no dia 08/06/09, uma palestra com Celso Vasconcellos cujo tema foi: “O que é necessário para que o aluno aprenda? – Fundamentos da Aprendizagem Humana”.

Segundo Celso, a escola por meio do ensino, tem a nobre tarefa de contribuir na humanização do ser humano. Essa humanização depende do convívio com outros seres humanos e possui desafios. Entre outros, o autor falou do desafio referente à aprendizagem básica que acontece em três momentos:

1) Sou (tenho valor): um professor precisa ter uma identidade, ele deve, antes de tudo, reconhecer-se para depois enfrentar os “moinhos da escola”;
2) Ainda não sou (tenho necessidade de crescer pessoal e profissionalmente): é muito rico um professor reconhecer isso. Essa aprendizagem pode se dar por meio de autoavaliações;
3) Posso vir a ser mais (tenho capacidades): posso superar meus limites.

Em outras palavras, o professor precisa reconhecer o seu valor, a sua importância na vida do aluno, a possibilidade e necessidade de crescer pessoal e profissionalmente, acrescentando mais conhecimento e tendo a sensibilidade de perceber que pode melhorar a sua pratica se estiver aberto ao aprendizado.

Um outro momento muito interessante começa com a apresentação das três fotos:

A mamãe pata ao atravessar a rua passa por um bueiro e perde a maioria dos seus filhotes. Não foi porque ela quis e, se pudesse raciocinar, poderia evitar a perda de seus filhotes desviando desse bueiro. Na escola não é diferente. Mesmo não querendo, não sendo intencional, muitas vezes perdemos nossos alunos no meio do caminho. A reprovação é um dos fatos que demonstra isso. Mas não basta não querer, é preciso que a escola esteja mais bem preparada para podermos desviar dos nossos bueiros. Nós, professores, somos essenciais para essa preparação.

A palestra segue com “o lugar da teoria na docência”. Muitos professores se perguntam: É preciso estudar teoria? Sim! Um professor que se nega a estudar teoria, na realidade não quer estudar outra teoria, pois já tem uma. Segundo Celso Vasconcellos, por detrás de toda prática pedagógica sempre há uma teoria e a sua relação com a prática não é simples. Mas, se tivermos consciência da teoria que está por trás da nossa prática, isso pode fazer toda a diferença.

Celso Vasconsellos também fez relação á qualidade da escola está diretamente ligada á qualidade do professor, ou seja, sua formação. Neste momento podemos nos reportar a duas discussões: a qualidade da universidade que forma este professor e a busca pelo aperfeiçoamento durante o exercício da docência. Essa busca deveria ser constante, mas muitos professores adormecem após a graduação, acomodam-se, no máximo fazem uma especialização, para que se efetive um aumento de salário.

Podemos questionar, também, a qualidade dessas especializações, pois mesmo com este título o resultado das avaliações feitas pelo MEC no Ensino Fundamental é assustador, os alunos não têm os conhecimentos mínimos em leitura e escrita.

Com a eminente discussão do Plano Nacional de Educação estamos em um momento importante da nossa educação com uma oportunidade única para discutirmos o que queremos para nós profissionais e para nossas escolas. Neste momento podemos por em cheque a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação das universidades, a facilidade em se abrir uma Instituição de Ensino Superior, sem uma efetiva fiscalização destas. Não podemos deixar esta oportunidade passar, cabe a nós educadores efetivarmos este Plano, por meio de discussões nas escolas elaborando documentos para serem discutidos nas Conferências que estão por vir.

Chegamos ao momento mais importante do dia, diz o autor. O momento onde uma pergunta é posta para todos pensarem:

“Do ponto de vista do aluno, quantas e quais são as exigências essenciais para que se dê sua aprendizagem?”

Antes de respondermos, foi discutido o que exatamente a pergunta pede. Foi difícil o professor deixar de pensar em sua prática, na escola e pensasse como aluno. Para ajudar, o autor ofereceu três perguntas:

1) A exigência é relativa ao aluno ou apenas à participação do professor?
2) A exigência é essencial ou contingente?
3) Essas são todas as exigências?

Uma discussão feita por Celso Vasconcellos com nossas respostas nos ajudou a entendermos melhor. Ele orienta que essa pergunta se faça presente em nossa vida profissional constantemente e apresenta a sua resposta atual (esta resposta pode mudar a cada vez que nos façamos à pergunta):

1ª exigência essencial: Capacidade sensorial e motora + operar mentalmente. É importante esclarecer que nenhuma dessas exigências precisa ser ao extremo.
2ª exigência: Conhecimento prévio;
3ª exigência: Acesso ao objeto (informação nova);
4ª exigência essencial: Querer;
5ª exigência: Agir;
6ª exigência: Expressar-se. É preciso tomar certos cuidados ao se trabalhar somente com provas, pois esta pode impedir que o aluno se expresse. Isso porque, nesse momento, o aluno procura dar a resposta que o professor quer ouvir.

Deixamos nosso agradecimento a Celso Vasconcellos pela maravilhosa palestra, pela simpatia e atenção que foi nos dado. O encontro, com certeza, acrescentou positivamente em nossa profissão.

GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA por Jair Pereira

Já chegamos ao sétimo encontro do Programa Gestar II. Na disciplina de Língua Portuguesa, estudamos e discutimos temas importantes, no TP3, como: gêneros textuais, gênero literário e não-literário, sequências tipológicas: a descrição, a narração e a dissertação. No TP4, abordamos: leitura, escrita, com ênfase na teoria do letramento.


A sistemática do Programa consiste em relacionar a teoria abordada à prática pedagógica do professor-cursista. Como forma de avaliar o desenvolvimento dessa nova metodologia, decidimos pela forma de relatórios semanais das atividades.


Além dos relatos escritos acontecem debates acerca das sequências didáticas desenvolvidas.Até aqui constatamos que o GESTAR II é um programa inovador, porque procura abordar o ensino da Língua Portuguesa de forma contextualizada, afastando-se do ensino centrado na Gramática Descritiva. Por isso, os professores-cursistas sentem-se desafiados e motivados para levar para a sala de aula esta nova metodologia.


A seguir temos o registro das atividades do GESTAR II desenvolvidas até o momento, pelos cursistas de Língua Portuguesa.

GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA/TP3 - biografia por Maria Joelma Dias - cursita

Registro das atividades em sala de aula

Atividade da p. 25 – TP3 – Avançando na prática

1- Li com os alunos a biografia de Carlos Drummond de Andrade.
2- Os alunos pesquisaram a biografia de outros famosos e em sala fizemos a leitura de vários, entre eles foram escolhidos: Xuxa, Beto Carreiro, Roberto Carlos, etc.
3- Em sala de aula, os alunos recortaram de revistas e jornais, textos diversos (poemas, receitas, notícias, propagandas, etc) e os colaram no caderno.
4- No quadro nós fomos destacando as informações relevantes das biografias, como: dados pessoais, família, escolaridade, trabalhos realizados, e, em alguns casos data de morte e causa da mesma. Nos demais textos, destacamos aquilo que era próprio de cada um.
5- Depois de perceberem as informações que cada tipo de texto traz, propus aos alunos que fizessem sua própria biografia, contando fatos marcantes de suas curtas vidas. Eles fizeram o trabalho todo em primeira pessoa.
6- No segundo momento pedi que eles reescrevessem sua biografia em terceira pessoa e que me entregassem as mesmas.
7- Os trabalhos foram encerrados nesta sexta-feira, e estarão disponíveis para verificação na próxima semana.

Avaliação da atividade
Foi bastante prazeroso realizar este trabalho, os alunos gostaram de fazer diferente (realizei a atividade com uma turma de 5ª série, ensino regular) não sentem falta de gramática ainda, gostam de produzir e pesquisar.O resultado ainda não tenho como avaliar, mas tenho boa expectativa.
De uma coisa tenho certeza, eles perceberam que nem todos os textos são iguais.

Joelma

GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA/TP3 - Gêneros Textuais por Gilberto da Silva - cursista

RELATÓRIO DE ATIVIDADE GESTAR - II

TEMA: Gêneros Textuais
Objetivos: Refletir sobre os diversos estilos e funções dos textos que o cercam. Estimular o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação a existência, uso e funções dos diversos tipos de textos.
Pressuposições: Os alunos vão gostar da abordagem do tema que será feito através da apresentação de diversos gêneros textuais de autores consagrados. E atividades relacionadas ao que estão vivenciando; ou seja, produzirão os gêneros textuais estudados em sala.
Recursos: Cópias de excertos de gêneros textuais.
Procedimentos adotados primeira parte: biografias.
1.Cinco minutos antes do término da aula anterior à apresentação do assunto gêneros textuais, passei aos alunos três questões relacionadas ao texto da aula seguinte: biografias. As questões foram as seguintes: O que é uma biografia?, Qual a característica principal de uma? Que elementos estão em uma?
2. Na aula seguinte, apresentei as biografias de Hitler, Da Vinci, Tiradentes e Drummond.
3. Fizemos juntos a análise da estrutura das biografias e comparamos com as respostas que eles deram as questões sobre biografia que eu havia feito na aula anterior.
4. Depois de analisada a estrutura de uma biografia: partimos para a produção da biografia de cada aluno. (seguem modelos anexos).
Etapa 2ª 1. Pedi aos alunos que trouxessem de casa algumas receitas para serem avaliadas em sala de aula.
2. Fizemos a análise das receitas trazidas: ordem dos ingredientes, modo verbal, algumas palavras que se repetem em todas as receitas, etc. e sua principal função. O aluno Everson foi o primeiro a perceber que a função da receita é ensinar alguém no preparo de um alimento.
3. Depois de concluída a análise das receitas e sua leitura pelos alunos, escrevi no quadro alguns temas e pedi-lhes que me dessem uma receita com um dos temas. Eles então me pediram que utilizassem todos os temas que eu sugeri juntos. Pedido feito, pedido aceito.
4. Os resultados seguem anexos.

GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA/TP3 - Gêneros textuais por Teresa Cristina

RELATÓRIO DE ATIVIDADE – GESTAR II
TURMAS: 7ª e 8ª SÉRIES
TOTAL DE ALUNOS: 7ª série = 28 alunos / 8ª série = 36 alunos
INÍCIO DA ATIVIDADE: 8ª série = 22/04 - 7ª série = 25/04
DURAÇÃO: 3 semanas = 9 h/a
TÉRMINO DA ATIVIDADE: 7ª e 8ª séries = 06/05
CONTEÚDO: Gêneros Textuais – Propaganda, anúncio e publicidade TEMA: Campanha contra a violência doméstica (anexo)
OBJETIVOS: - Promover uma discussão dirigida sobre a violência em geral; - Provocar a reflexão sobre violência doméstica; - Construir e conceituar coletivamente: propaganda, anúncio e publicidade; - Identificar semelhanças, diferenças e propósitos da propaganda, anúncio e publicidade; - Desenvolver a habilidade de interpretação e análise reflexiva de textos em geral; - Desenvolver a capacidade de argumentação e a criatividade.
DESENVOLVIMENTO: As atividades foram desenvolvidas nas séries/turmas já citadas, no período de três semanas, sendo assim distribuídas:
1ª Semana – debate e interpretação da Propaganda (anexa), esgotando diversas possibilidades de entendimento e argumentação, seguida de breves relatos de experiências;
2ª Semana – construção coletiva, seguida de explanação conceitual dos gêneros textuais - propaganda, anúncio e publicidade, seguida de discussão dirigida com exemplificações e da proposta da atividade;
3ª Semana – desenvolvimento, em sala, das atividades propostas.
São elas: 1º) Trazer e apresentar ao grupo um anúncio e uma propaganda;
2º) Criar um produto e seu anúncio e apresentá-los a turma.
RECURSOS UTILIZADOS: - Texto anexo; - Jornais, revistas, encartes de lojas e supermercados; - Papel, cola e tesoura.
AVALIAÇÃO: No decorrer dessas três semanas pudemos observar grande interesse e participação do alunos, especialmente nos momentos dos debates e das discussões dirigidas, além da criatividade da maioria dos alunos quando da construção individual e apresentação de seu produto e anúncio.
Percebemos, também, que todos realizaram as atividades de forma prazerosa e bem a vontade. Concluímos, portanto, que os objetivos foram plenamente atingidos, que esse tipo de atividade despertou muito interesse da turma e, que todos a desenvolveram com facilidade, gosto e responsabilidade.
A partir dessa observação, propuzemos as turmas continuarmos desenvolvendo atividades voltadas para a construção textual, tanto coletiva quanto individual e atividades que proporcionem o desenvolvimento da reflexão, da interpretação e que privilegiem a leitura e a criatividade.
Palhoça, 15 de maio de 2009.

GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA - biografia/TP3 por Joice Porto

RELATÓRIO DE ATIVIDADE – GESTAR II
Objetivos:
Reconhecer as características e tipos de informações que constituem uma biografia;
Descrição:
Ler diferentes biografias de Carlos Drummond de Andrade, de Miguel de Cervantes e outros autores que estão no livro didático.
Refletir a partir do conhecimento prévio dos alunos, como pode ser chamado os tipos de textos lidos.
Analisar as biografias para que os alunos identifiquem que tipos de informações constituem o texto biográfico e anotá-las no quadro.
Propor que escrevam sua própria biografia, na terceira pessoa, como foi feita a de Carlos Drummond de Andrade e dos outros autores estudados.
Sugerir que sentem em dupla a fim de analisarem seus textos para ver se os textos seguem as características da biografia.
Materiais necessários: diferentes biografias de Carlos Drummond de Andrade, De Miguel de Cervantes (folha xerocada); quadro; giz;
Avaliação: participação oral; empenho nas atividades desenvolvidas e produção de sua própria biografia.
Relato da aplicação das atividades
Como estávamos analisando um trecho da obra “Don Quixote” de Miguel Cervantes e também já havíamos analisado o texto “A doida” de Carlos Drummond de Andrade,levei para a sala diferentes biografias dos autores. Primeiro, foi feita pelos alunos, em voz alta, a leitura de três diferentes biografias de Carlos Drummond de Andrade, duas biografias de Cervantes e outros textos biográficos que estavam no livro didático. Depois da leitura, comecei a fazer um levantamento do conhecimento prévio que os alunos tinham em relação aos textos, fazendo as seguintes perguntas: Como se constituem os textos? Quais as semelhanças e diferenças? Quais as informações que trazem? Qual a finalidade? Após refletirmos um pouco, escrevi no quadro uma receita e um bilhete. Perguntei qual era a diferença entre estes gêneros e a biografia? E como podíamos chamar cada um deles? Os alunos tiveram dificuldades para denominar o gênero biografia, já os outros foram rapidamente reconhecidos. Após algumas hipóteses, uma aluna disse que se tratava de uma bibliografia. Expliquei o que significava bibliografia, pegando, como exemplo, a última página do livro didático. Só então, outro aluno disse que os textos lidos podiam ser classificados como biografias. Identificadas as informações que constituem um texto biográfico, analisamos o tempo e a pessoa verbal que apareciam nos textos. Feito isto, como avaliação final, pedi que os alunos fizessem sua própria biografia, que devia ser entregue na aula seguinte.
Como só temos aulas duas vezes por semana, a dificuldade encontrada foi dar continuidade à análise e reescritura das biografias. Isto é, na aula seguinte (quinta-feira), os alunos fizeram um passeio de trem na Beira-mar de São José (município vizinho) e na outra aula (segunda-feira) foi o dia da avaliação de recuperação bimestral. Só dez dias depois, é que pudemos retomar a aula.
Nesta aula, os alunos sentaram em dupla, trocaram as biografias entre si, analisaram e apontaram o que tinha que ser melhorado (isso foi feito sob a minha orientação). Durante toda a atividade pude observar uma participação efetiva dos alunos, principalmente, na oralidade e na produção de texto.
Palhoça, 15 de maio de 2009.

GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA - TP3/BIOGRAFIA por Alexandra Espíndola - cursista

Alexandra Espíndola, professora de Língua Portuguesa de uma escola municipal de Palhoça, é uma das cursistas do programa GESTAR II. Como atividade de uma das oficinas, ela precisava desenvolver com os seus alunos o “Avançando na Prática” do TP3 que trata de Biografia.
A seguir, está o que a professora desenvolveu:
Como estamos estudando teoria da narrativa, os estudantes da 6ª série já sabem o básico, como os tipos de narrador. Na semana passada, produziram uma narrativa em primeira pessoa e socializaram seus textos lendo-os para a turma, que identificou, além do narrador, os outros elementos da narrativa. Esta semana, como proposto pelo TP3, foram produzidas biografias. Iniciei a aula lendo a biografia de Drummond e pedindo aos alunos que identificassem quais as informações dadas neste texto. Listamos algumas, como: nome completo, local e data de nascimento, profissão etc. Depois eles escreveram uma auto-biografia, mas em terceira pessoa. Essa aula teve como objetivos: colocar em prática a teoria da narrativa e reconhecer outro gênero textual, a biografia. Como resultado, observei que os estudantes, mesmo estimulados, não ousaram sair das informações observadas na biografia de Drummond – o que é sintomático, visto que nossos estudantes estão habituados a seguir regras e fórmulas prontas. Contudo, redigiram textos que me possibilitaram averiguar que a teoria foi assimilada e o gênero compreendido, ou seja, objetivos alcançados. Este trabalho não pára por aqui. A partir dessa aula, faremos um estudo mais aprofundado sobre esse gênero, como pesquisas das variações temáticas e linguísticas que se encontram nas biografias. A meta é chegarmos a um texto que, mesmo não sendo possível classificá-lo como auto-biográfico, apresente-nos um narrador alter-ego do autor. Dessa maneira, podemos começar a desconstruir as classificações, as tipologias rígidas da teoria da narrativa.

Palestra de VALDECI VALENTIM LOCH – Fazer, compreender e criar em matemática.

A Editora IBEP ofereceu no dia 08/06/09, uma palestra com Valdeci Valentim Loch cujo tema foi: “Fazer, compreender e criar em matemática”. Os slides que a autora usou estão em anexo nesta postagem.

Valdeci fala, primeiramente, de cidadania. Educar para a cidadania significa capacitar para: compreender (criticamente); usufruir (eticamente); e transformar (solidariamente). Como exemplo ela discursa sobre uma pessoa que vai as compras e pretende avaliar se a melhor forma de pagar seria a vista ou a prazo.

Em seguida, a autora nos faz a pergunta: “O que lembra a palavra criança?”. Respostas variadas foram dadas, entre elas, sorriso, energia, alegria. Após ouvir as respostas outra pergunta é colocada: “O que lembra a palavra aluno?”. Lembra sala de aula, conclui. A autora segue fazendo uma reflexão sobre a passagem de ser criança para ser aluno. Passagem porque a escola é o primeiro lugar onde a criança precisa deixar os brinquedos, o tempo convivendo com os colegas diminui, etc.
Um outro momento interessante é quando Valdeci fala das disciplinas no 1º ano do ensino fundamental. Segundo a autora, a história, geografia e ciências não são consideradas disciplinas nesse momento escolar, mas sim conteúdos que servirão para acrescentar. Disciplinas mesmo seriam a Matemática e a Língua Portuguesa.
ANEXO
Slides usado por Valdeci Valentim Loch - http://www.megaupload.com/?d=XB0KFQA0

(Após clicar no link acima, para acessar o documento, preencha o "Digite isso aqui", clique no "Baixar arquivo" e, por último, clique em "Download comum")

segunda-feira, junho 08, 2009

7º encontro de Matemática - GESTAR II

Resultado do 7º encontro com professores da rede municipal de Palhoça quanto ao programa GESTAR II que aconteceu no dia 05/06/2009.
Todos os cinco cursistas participaram deste encontro, além deles, a coordenadora pedagógica. Trabalhamos com a sessão coletiva 4 que é referente a unidade 7 do TP2 (A previdência social e a mensuração de riscos).

Começamos este encontro falando das tarefas do próximo encontro e do projeto que deverá ser realizado até o fim do curso. Todos relataram que o tempo dado para realizar uma proposta como o GESTAR está sendo pouco. Seria mais interessante termos um prazo maior tanto para o curso como para a aplicação de um projeto. Mas, mesmo assim, combinamos de tentar. Vou reforçar o que já relatei em outra oportunidade: esse grupo de professores é tudo de bom!

Seguimos com a atividade 1 da página 239 do TP2. A primeira pergunta foi avaliada em conjunto. A discussão foi muito interessante e, para mim, inesperada. A palavra “suficiente” presente no enunciado levou em discussão a validade ou não do gráfico. Minha intervenção foi, então, para que eles considerassem as informações 100% confiável e que olhassem matematicamente para ele ao tentar responder a pergunta. Isso foi feito: a resposta dada foi sim, ou seja, os dados oferecidos pelo gráfico são suficientes para dizermos que faixa etária da população brasileira corre mais risco de ser vitimada por acidentes de trânsito. Após a resposta iniciou-se a dúvida referente à validade das informações. Interessante!

Ao ler o item b alguns professores perceberam que a resposta dada anteriormente estava equivocada. Para confirmar e voltar à discussão anterior, fomos aos cálculos e a construção do gráfico 2 (página 240). Todas as dúvidas foram levantadas e sanadas.

A atividade 2 solicitava experimentos com lançamentos de moedas. Repartimos o grupo em três duplas e realizamos os procedimentos exigidos.


Após as tabelas preenchidas fomos à discussão. Os resultados não foram suficientes para visualizarmos o que diz a teoria e, por isso, também utilizamos da imaginação. Alguns terminaram a atividade concordando, outros não, e ficamos nessa discussão mais um tempo.

A última atividade do dia pedia para escreverem uma situação problema em que entre os possíveis resultados fosse 5/12 e outro 11/20. As situações criadas foram muito próximas da urna com bolas coloridas onde se pede a probabilidade de tirar ou não uma ou outra cor.

quinta-feira, junho 04, 2009

Palestra de MARÍLIA CENTURIÓN – Resolução de problemas

A Editora FTD ofereceu mais uma palestra com Marília Centurión. Ela aconteceu no dia 03/06/09 com o título: “Construindo competências por meio de resolução de problemas”.

Marília iniciou sua palestra relembrando momentos do dia 04/05/09 onde discutiu sobre o ensino de nove anos. Ela, mais uma vez, indicou a leitura do autor Perrenoud e nos fez pensar sobre algumas situações problemas já vistas.

A partir dessa motivação, Marília chama a atenção para o título desta palestra dizendo: uma das competências a serem desenvolvidas na escola diz respeito a grande capacidade do homem que é resolver problemas mais complexos. Segundo minha interpretação, esse “problema mais complexo” diz respeito à proposta pedagogia resolução de problemas. Nesta proposta, um problema é aquele em que a sua resolução não se reduz à utilização ou à aplicação imediata de resultados apresentados em aula. Marília acrescenta que é preciso contemplar em sala de aula não somente problemas que possuem uma única solução, mas também problemas ditos abertos, ou seja, que possuem muitas ou infinitas soluções, e problemas ditos impossíveis, ou seja, aquele problema que não possui solução. Vejamos exemplos visto neste dia tirados da coleção Porta Aberta*, da qual é autora:

1) Problema com infinitas soluções: Suponha que em uma calculadora a tecla do número 5 está quebrada. O que você pode fazer para aparecer o número 5 no visor?
Observe algumas das infinitas soluções: teclando 1 + 4 ou 12 – 7 ou 10:2, etc.
2) Problema com uma única solução: Dentro de uma situação problema é solicitado para o aluno que encontre três números consecutivos cuja soma seja 72.
A única resposta para este problema são os números 23, 24 e 25.
3) Problema sem solução: Na mesma situação problema acima também é solicitado três números consecutivos cuja soma seja 70.
Temos uma situação com nenhuma solução.

Durante a palestra foi colocado a Marília uma discussão que os professores, em geral, concordam. Resumidamente foi dito: o aluno não sabe ler, por isso não consegue resolver problemas! A autora não concorda, diz que não é fácil construir essa competência e que, para tal, é preciso abrir mais a cabeça do professor e do aluno. Ela argumenta sua fala observando que a falta de opções, de idéias diferentes trabalhadas com os alunos em relação ao mesmo conceito pode estar contribuindo.

Mas como assim? Trabalhar diferentes idéias em relação ao mesmo conceito? Sim! Isso tem muito haver com a Teoria de Quadros de Douady. Para melhor entendermos, vejamos os exemplos:

1) Multiplicação. Essa operação é normalmente trabalhada como sendo uma soma de parcelas iguais, mas essa não é a única forma para desenvolvê-la. Existem outras três idéias: disposição retangular, probabilidade e proporcionalidade. Por que não oferecer ao aluno essas diferentes interpretações para o mesmo conceito, a multiplicação?
2) Subtração. Com o mesmo pensamento acima, poderemos trabalhar essa operação com as três diferentes idéias envolvidas: comparar, acrescentar e identificar o quanto falta.

Além de se trabalhar com diferentes idéias, podem-se explorar diferentes métodos de resolução. Neste caso é aconselhável não priorizar regras, principalmente quando estas não trazem sentido algum. Um exemplo interessante seria a fatoração:

- Fatorar por regra (utilizando a barra vertical):

- Fatorar entendendo (decompondo números compostos):

Para finalizar, quero lembrar um dos momentos muito interessante. Marília fala sobre o Aprender a aprender, ou seja, aprender do próprio erro. O professor não pode ter medo de errar, de tentar. Se, ao resolver um problema, fiz uma conjectura errada, avalio e faço outra.


*Site da coleção: www.ftd.com.br/portaaberta, os problemas apresentados acima não foram reproduzido na íntegra. Um deles, inclusive, oferecia um desenho para completar o enunciado.

**Frase que fez parte da palestra: “Livros não mudam o mundo, o que muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Mário Quintana.

quarta-feira, junho 03, 2009

3º Encontro de Ciências da Equipe Multidiciplinar 5ª à 8ª série

Com o objetivo de repensar as suas práticas pedagógicas, ocorreu no dia 28/05/2009 mais um encontro dos professores de Ciências.
O pensamento científico é recente se considerada a história da evolução humana.Mas, por meio dele, foi possivel, pessoas diferentes aplicarem seus conhecimentos na tentativa de compreender as coisa que o cercam.
O papel do professor: favorecer a postura reflexiva e investigativa e colaborar para a construção da autonômia de pensamento e de ação.
Conhecer Ciências é ampliar a possibilidade de participação social e desenvolvimento mental, capacitar o aluno para exercer seu papel de cidadão
Nessa perspectiva é que foram incorporadas no curriculo os Temas Transversais.
Material de apoio utilizado: Temas Transversais:http://www.megaupload.com/?d=T4Y0Q8GK
Sequência didática: http://www.megaupload.com/?d=N1A04EES

terça-feira, junho 02, 2009

GESTAR II – Matemática – Unidade 4 do TP1 por Mariza Campos Gavilan (cursista)

Mariza Campos Gavilan, professora de Matemática de uma escola municipal de Palhoça, é uma das cursistas do programa GESTAR II. Como tarefa de uma das oficinas, ela precisava realizar o “Socializando o seu conhecimento e experiências de sala de aula” que consta na unidade 4 do TP1. A seguir, está o que a professora concretizou:

a) Síntese da unidade

As atividades são baseadas em cálculos de gastos mensais a anuais e seus respectivos impostos que devem ser recolhidos. Verifica-se que o pagamento de impostos é um grande fator de gasto, pois são vários impostos como ICMS, IPI, IPTU, IPVA, DPVAT, TLP, IRPF, PIS-CONFINS e outros mais.

Observei que os valores que já não pequenos mensalmente, no final de um ano somam quase mais de um mês de trabalho só para pagarem impostos. Essa atividade é maçante, talvez pelo fato de evidenciarmos os nossos gastos, mas importante, pois como cidadãos são de suma importância termos conhecimentos do que pagamos, e para quem.

Na parte de gráficos não achei grandes novidades, mas interessante a lembrança da possibilidade de representação de números negativos.

Quanto às regras de sinais, acho importantíssimo evitar que o aluno decore regras sem entendê-las, e procuro ensinar como foi demonstrado na unidade, porém venho encontrando ano a ano, muita dificuldade dos alunos para entenderem os porquês das regras. Sei que não é por isso que tenho que desistir de ensinar, mas é cada vez maior a busca dos alunos pelo imediato e pouco lhes importa como foi que chegaram até determinada maneira de cálculo, isso ainda quando não criam por conta própria regras erradas e as utilizam como certas.

b) Resultados observados em sala de aula

A conclusão mais importante é que eu não consigo prever o tempo que os alunos necessitam!!

Apliquei em duas turmas a 83 e a 84, com características bem diferentes. A turma 83 é mais tranquila e os alunos têm mais dificuldade. Nessa turma a participação sempre é mais rara, mas com uma respostinha daqui e outra de lá fomos conseguindo juntar o que era preciso, formulando a regra de três para representar os minutos em graus. A utilização do compasso e do transferidor foi uma “briga”, achavam que o círculo deveria ter o tamanho do transferidor, caso contrário não poderiam marcar os ângulos. Houve um momento de muita satisfação para mim, quando um aluno que diariamente apresenta muita dificuldade de entender as tarefas e dessa vez foi o primeiro a terminar, com folga para o restante da turma e ainda corretamente, claro que o capricho ficou para a próxima vez! E grande curiosidade que os meninos se saíram muito melhor com o uso do compasso, enquanto as meninas perderam o centro dos círculos.

A turma 84 teve uma participação excelente, além de quase todos terem algo para dizer, ainda tinham bastante conhecimento do que sugeriam. Nesta turma não chegamos diretamente na regra de três, primeiro sugeriram que se dividissem os 1440 minutos por 360°, e depois montamos uma regra onde x era o valor do ângulo a ser marcado, então x= (min da tabela)/ por 4, ou seja, a mesma regra de três vista de maneira diferente, assim eles tiveram um caminho mais curto para os cálculos.

Houve também a sugestão da regra de três no caderno TP1, e alguns que não entenderam porque dividir por 4, resolveram usar a regra de três original, até que eu mostrei que os cálculos eram os mesmos, e poderiam ser utilizados da maneira que se sentissem mais seguros.

c) Aplicação da tarefa na sala de aula

Sequência didática - Gráfico Circular

Objetivos:
- Construir um gráfico de setores;
- Dividir o dia em horas de atividades e observar como o tempo está sendo utilizado;
- Comparação de ângulos;
- Preparar para prova do SAEM.

Conteúdos:
- Utilização do transferidor e do compasso;
- Confecção de gráficos;
- Cálculo com regra de 3
- Ângulos.

Público: 8ª série.
Tempo: 45 min.
Material: Folha A4; transferidor, compasso (ou pedacinho de barbante) e lápis de cor.

A aula:

1° passo: Pedir aos alunos que se reúnam em grupos com 4 integrantes, e verificar se todos possuem material, pelo menos dois transferidor por grupo, e um compasso. Caso não tenham, promover rodízio do material que tiver.

2° passo: Conversar com a turma como é a divisão do tempo em um dia e pedir que preencham a tabela:

Atividades diárias ........................................................................... Tempo gasto
Sono ..................................................................................................
Estudo (na escola, em cursos, em casa) ......................................
Atividades físicas ............................................................................
Lazer (passeios, namoros, TV, bate-papo) .................................
Trabalho (dentro ou fora de casa) ................................................
Tempo restante ..............................................................................

3° passo: fazer um círculo grande na folha de papel com o compasso. Não precisa ser todos do mesmo tamanho.

4° passo: Sugerir que representem no círculo de 360° as 24 horas ou 1440 min do dia. Questionar de qual forma fariam isso?

5° passo: Trabalhar as respostas até que seja consenso a utilização da regra de três para representar os tempos por ângulos.
6º passo: marcar em uma tabela a correspondência:

Tempo gasto ............................................................ Ângulos
7 horas = 420 min .................................................... 105°
...

7° passo: A princípio observarei como utilização os transferidores, caso necessitem os ajudarei.

8° passo: após terminarem as marcações deveram colorir os setores circulares.

9° passo: em cada grupo devem fazer comparações do tempo que se gasta, igualdades e diferenças, se os raios dos círculos forem diferentes verificar como se compara.

Conclusão: A tarefa foi concluída em 3 aulas e não em uma como eu havia planejado, a turma participou e houve bastante cooperação, tanto nas respostas como nas ajudas aos colegas que tinham dificuldades. Aprenderam usar compasso e transferidor e puderam visualizar o dia de forma não convencional.

Fotos: