quarta-feira, novembro 17, 2010

Matemática 5ª à 8ª série - Oficina sobre O GeoGebra por Karina Z Jacomelli A

No dia 16/11/10 aconteceu na EBP Reinaldo Weingartner mais uma oficina de matemática com os professores das séries finais do ensino fundamental. Como principal objetivo do encontro tínhamos a apresentação e o contato com o software GeoGebra visando sua utilização em sala de aula. Para tanto, a oficina foi organizada em quatro etapas:
(1) uma exposição sobre o GeoGebra para que todos pudessem conhecê-lo;
(2) um momento de contato com o software, sem orientações, para que os professores pudessem explorar as ferramentas que quisessem e para tirar dúvidas;
(3) resolução de quatro tarefas (em anexo) por meio do software GeoGebra, uma para cada série final do ensino fundamental
(4) avaliação da oficina
A primeira etapa foi realizada pelo professor de matemática e informática da rede, Dyan Carlo Pamplona. O professor nos mostrou como funcionam muitas das ferramentas do software com inúmeras possibilidades de aplicação em sala de aula. Ainda, tirou dúvidas que surgiam como o que fazer para salvar um arquivo construído pelo aluno a fim de realizar avaliações e como instalar o GeoGebra em nossas casas para que possamos preparar futuras aulas. Por fim, ao visitar o site www.geogebra.org indicado pelo Dyan pudemos conhecer um leque de possibilidades para utilizarmos o software em sala de aula.
A segunda etapa, na verdade, aconteceu junto com a primeira. Por isso, o tempo dedicado para esta foi aproveitado para esclarecimento de dúvidas individualmente. Interessante foi o fato de que os professores procuraram não reforçar as ferramentas apresentadas anteriormente, mas explorar aquelas da qual nem foi falada.
O que foi previsto para a resolução das quatro tarefas foi oferecer uma por uma, ou seja, todos receberiam a primeira delas (reta, segmento de reta e semi-reta) e quando terminassem receberiam a segunda (teorema de Tales). Mas não foi bem assim que aconteceu. Devido ao pouco tempo foi preciso entregar, por exemplo, a segunda tarefa sem termos terminado a primeira. O tempo insuficiente para a realização desta etapa foi o ponto apontada como negativo na avaliação feita pelos professores no final do encontro. De fato, um encontro para ser realizado na sala de informática precisa de mais tempo, uma tarde não foi suficiente.
Durante a resolução das tarefas os professores se comportaram como alunos, o que era esperado. Isso porque o software além de ser uma ferramenta nova e, talvez, desconhecida para o professor, as tarefas oferecidas era para alunos de 5ª a 8ª séries. Assim, ao mesmo tempo em que estavam conhecendo o GeoGebra, estavam imaginando como aquela tarefa seria recebida pelo seu aluno na escola. A seguir, destaco dois desses comportamentos esperados:
- não se contentar com ícones considerados simples por realizar diretamente o que se quer como, por exemplo, encontrar o ponto médio de um segmento para desenhar o telhado da casa solicitada. Esse comportamento é muito positivo tanto pela diversidade de resoluções encontradas como pela possibilidade de trabalhar conceitos matemáticos não previstos para aquele momento.
- não realizar alguns itens da tarefa por concluir sua resposta nos itens anteriores. Por exemplo, na tarefa 1 e no item g foi pedido que desenhassem uma casa utilizando somente retas e foi questionado se isso era possível. O professor desenhou e respondeu. Para os itens h e i em vez de utilizarem retas só poderiam utilizar segmentos e semi-retas. Nesse caso o desenho não foi feito por prever o que aconteceria no item g. Esse comportamento destaca todos aqueles que têm facilidade de generalizar, pois conseguem observar o que vai acontecer sem precisar constatar antecipadamente.
Por último, os professores fizeram uma avaliação do encontro destacando os pontos positivos, os negativos e dando sugestões para futuros encontros. O ponto negativo a ser destacado foi comentado anteriormente. As sugestões dadas foram: mais oficinas com mais horas, mais sobre a sala de informática com professores de informática presentes, novas formas de ministrar aula também sem o apoio da informática, tratar de trigonometria e do teorema de Pitágoras. Os pontos positivos podem ser lidos abaixo:


Agradeço a todos os professores pela participação. Pudemos constatar que na sala de informática a curiosidade é um item interessante e que, mas particularmente com o GeoGebra, isso permite trabalhar muito mais conceitos do que o previsto. Deixo meu agradecimento especial ao professor Dyan que me atendeu sempre que solicitei e que fez do encontro o sucesso que foi.
Fotos:



Anexo:
Sequência didática do encontro incluindo as tarefas propostas: http://www.megaupload.com/?d=NMSNW1O0

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terça-feira, novembro 16, 2010

Oficina de Língua Portuguesa para as Séries Iniciais por Jair J Pereira

No último dia 11/11, ocorreu nas dependências da Faculdade Municipal de Palhoça - FMP, a segunda oficina de Língua Portuguesa para os professores das Séries Iniciais da Rede Municipal de Palhoça. Aproximadamente 90 professores participaram desse encontro. Pela manhã os professores de 3ª e 4ª série e, no período da tarde, os professores de 1º, 2º e 3º ano do ensino de nove anos.
O tema abordado nas oficinas foi o trabalho com textos. Ao longo dos últimos anos, muito se tem discutido a respeito de como trabalhar com textos na escola por esta não ser uma tarefa fácil.
Existe no Brasil uma situação bastante alarmante a respeito da formação de leitores, pois as práticas desenvolvidas pela escola brasileira tendem a formar leitores, com apenas capacidades mais básica de leitura, ligadas à extração superficial de informação de textos relativamente simples.
Assim, trazendo para a realidade do município de Palhoça, encontramos ainda muitos professores insistindo no ensino meramente gramatical, mesmo nas séries iniciais. Então, por meio da oficina, chamamos a atenção do professor para a importância do desenvolvimento do fluxo da escrita desde os primeiros anos do ensino fundamental. Alguns conceitos foram exaustivamente discutidos, entre estes: as diferenças entre gênero e tipo textual.
Também mostramos aos professores que aos explorar a diversidade textual em sala de aula, aproxima-se o aluno das situações concretas de produção de textos não escolares. Além disso, os professores presentes na oficina perceberam que o trabalho a partir dos gêneros textuais contribui para o aprendizado da leitura e da produção textual.
Para finalizar, sugerimos que a melhor alternativa para trabalhar o ensino de gêneros textuais é envolver os alunos em situações concretas de uso da língua, de modo que consigam, de forma criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se deseja alcançar. Alertamos, por fim, que é necessário ter a consciência de que a escola é um lugar de comunicação e as situações escolares são ocasiões de produção e recepção de textos.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Matemática 1° ano à 4ª série - Oficina sobre O conceito de Fração por Karina Z Jacomelli A

No dia 11/11/2010, na Faculdade Municipal de Palhoça – FMP aconteceu mais uma oficina na área de Matemática com professores das séries iniciais do ensino fundamental. Neste dia o tema foi “O conceito de fração” e tinha por objetivo refletir, enquanto professor, sobre a introdução do conceito de fração por meio dos diferentes significados: parte de uma figura ou objeto, operador multiplicativo, quociente, número e razão.
No primeiro momento foi proposto um confronto entre professores e o conceito de fração por meio de um questionário. Antes de qualquer discussão, todos puderam ressaltar suas incertezas, dificuldades, medos, juntamente com situações vivenciadas pelos mesmos em sala de aula. Foi um momento importante que trouxe resultados positivos.

Na sequência, foram discutidas diversas questões relacionadas ao conceito de fração e seus diferentes significados partindo da resolução dos professores presentes no questionário. Muitas dúvidas foram colocadas, discutidas e sanadas.
Segundo os professores participantes, as oficinas oferecidas deveriam acontecer muitas vezes durante o ano, pois elas trazem muitos pontos positivos. Nesta última referente ao conceito de fração foram destacados alguns pontos, entre eles temos a contribuição no trabalho pedagógico enquanto professor, a visualização de diferentes maneiras de se resolver uma mesma situação problema e a socialização de teorias e práticas entre os professores presentes.


Voltando ao questionário. Vários pontos observados durante a discussão inicial dos professores são importantes e interessantes. Porém, destaco neste momento dois deles. O primeiro refere-se à fração com o significado parte de uma figura ou objeto que foi trabalhado por meio da seguinte situação:
Responda qual a fração que representa as partes pintadas de cada figura. Justifique sua resposta.


Nos itens (c) e (d) as partes pintadas não apresentam a mesma área. Mesmo tendo feito esta constatação os mesmos professores resolveram de forma diferente estes dois itens da questão. Para o item (c), alguns professores representaram a parte pintada por 2/3. Acredito que isso vem de encontro com a crença de que exercícios matemáticos sempre têm uma resposta e que esta precisa ser numérica. Ao mesmo tempo, para o item (d), consideraram a área maior como sendo o dobro da área menor referente às partes da figura. Ou seja, enquanto numa situação o professor mexe na figura para que a representação por fração seja possível, na outra nada é feito.
O segundo ponto surgiu da questão: Identifique as frações 1/2, 11/4, 18/3 e 4 3/5 na reta numérica abaixo:

Esta questão que teve o objetivo de trabalhar a fração como número foi a mais difícil para os professores. O que já era esperado já que este significado quase não é considerado nas salas de aula, mais particularmente nas séries iniciais. Dessa forma, dois fatos ocorreram: a questão ficou em branco depois de uma plausível discussão e a reta desenhada foi considerada um todo referência para a aplicação da fração com o significado parte de uma figura ou objeto, ou seja, a fração 1/2 foi interpretada como metade da reta desenhada independente da graduação.
Agradeço a todos os professores pela grandiosa participação. Todos se envolveram e aproveitaram com muita dedicação das atividades e discussões. Deixo registradas suas sugestões enquanto conteúdos curriculares para futuros encontros: resolução situações problemas, o uso de material concreto ou construção de material pedagógico, levar em conta o cotidiano da sala de aula, pensar nas crianças com deficiência, repetir fração, números decimais, divisão com material dourado, sistema de medidas e quatro operações.
Fotos:


Anexos:
1) Apresentação em power point: http://www.megaupload.com/?d=0DPOYAFN
2) Lista de exercícios: http://www.megaupload.com/?d=DX6MM3MB
(Após clicar nos links acima, para acessar os documentos, preencha o "Digite isso aqui", clique no "Baixar arquivo" e, por último, clique em "Download comum")