quarta-feira, junho 22, 2011

Matemática 5ª à 8ª série - 3° encontro de 2011 por Karina Z Jacomelli A

No dia 21/06/2011, na Faculdade Municipal de Palhoça – FMP, os professores de matemática das séries finais do ensino fundamental, da rede municipal de Palhoça, se reuniram mais uma vez para dar continuidade ao curso de formação continuada “Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) nas aulas de Matemática”. As tarefas da tarde foram organizadas segundo sugestões dadas pelos próprios professores no encontro anterior.

No dia 24/05 foi solicitado aos professores, como condição deste curso, que participassem ativamente da OBMEP, divulgando-a, incentivando os alunos, fazendo a correção das provas e fornecendo os documentos solicitados pelos organizadores da olimpíada. Além disso, foi solicitado que elaborassem, para posteriormente aplicar, uma sequência didática contemplando a resolução de problemas.

Por esse motivo, os professores começaram o encontro contando o trabalho que já vem sendo realizado nas escolas, ou o que se pretende realizar. Esse foi um momento riquíssimo e muito bem aproveitado, uma vez que pudemos conhecer, além de diferentes estratégias de divulgação da OBMEP e de intenções para a aplicação da sequência didática, diferentes realidades enquanto escola e posturas de professores, e ainda, diversas sugestões e esclarecimento de dúvidas.

Em seguida, para podermos conhecer as provas que decidem a olimpíada, tanto na 1ª como na 2ª fases, os professores, em pequenos grupos, se colocarão como resolvedores de problemas olímpicos. Juntamente, fizeram uma avaliação de cada problema quanto às estratégias que podem ser utilizadas e a conteúdos curriculares que podem ser explorados. Em seguida, cada grupo fez a apresentação de, pelo menos, uma resolução de um problema.

Um professor apresentou outro problema ao grupo. Todos tentaram resolver e gostaram da iniciativa do colega. Tente você também: na figura abaixo temos quatro bonecos imóveis e um paredão. Os bonecos 1 e 2 só conseguem olhar o paredão, o boneco 3 consegue ver o boneco 2 e o paredão e, ainda, o boneco 4 consegue ver os bonecos 2 e 3, e o paredão. Todos os bonecos sabem que existem quatro deles e que dois estão usando chapéus verdes, e outros dois chapéus azuis. A questão é: um deles pode afirmar qual é a cor do seu chapéu, isso sem precisar se mexer e se comunicar. Qual deles pode dar essa afirmação e por quê?


Outro momento, de maneira breve, falamos sobre dificuldades comuns de nossos alunos. O que fazer com elas? Três sugestões foram dadas:

1. Trabalhar com problemas “interessantes”: para tanto, temos o apoio da OBMEP e da Prova Brasil e Saeb, que trabalham a resolução de problemas.
2. Buscar conhecer o que está acontecendo: O que fazer depende muito do problema, de onde vem o problema, do tipo de aluno, etc. Nesse caso, a dica é estudo, muita leitura, não somente de aulas que podem ser ministradas ou de atividades diferenciadas, mas também de teorias. A teoria ajuda bastante a conhecer o que pode está sendo o problema. Obstáculos epistemológicos de Gaston Bachelard (em anexo), por exemplo, pode ser a explicação para muitas das dificuldades de nossos alunos.
3. Trabalhar curiosidades: coisas diferentes referente a matemática mexem com os alunos. Quanto mais conhecimento, melhor. Como exemplo, a: multiplicação dos dedos (no anexo “Curiosidades”).

Muito bom! Mais um encontro que só merece elogios. Parabéns a todos os presentes, principalmente, por estarem levando a sério a OBMEP nas escolas e, consequentemente, trabalhando a resolução de problemas.


Anexos:
1. Curiosidades - http://www.megaupload.com/?d=U5YWNZC0
2. Obstáculos epistemológicosacessado no dia 22/06/11 - people.ufpr.br/~trovon/cursos/especializacao2009/obstaculos.pdf

3. Provas de nível 1 e 2, fases 1 e 2, ano de 2010 – www.obmep.org.br acessado no dia 22/06/11

Fotos:








Olímpiada de Geografia

Inscrições abertas para o desafio National Geographic 2011

Cadastre sua escola e participe da maior olímpiada de Geografia do Brasil.

Para maiores informações acesse ao link abaixo

http://www.viagemdoconhecimento.com.br/

Relato da segunda etapa de formação para a Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa por Jair Joaquim Pereira

No último dia 21/06, na Faculdade Municipal de Palhoça, aconteceu a segunda etapa de formação de professores para a Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa. Participara 43 profissionais, incluindo os profissionais de suporte pedagógico. Também colaborou, no aparato logístico, o professor Paulo Valério da Silva, integrante do Setor de Capacitação.
A Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa é uma criação do Setor de Capacitação da Secretaria Municipal de Educação de Palhoça, sob a responsabilidade do Professor Jair Joaquim Pereira. Estão previstas mais três oficinas até outubro, a fim de sistematizar o trabalho em torno da Olimpíada na escola.
Nessas oficinas, os professores são orientados e recebem materiais para produção de textos com os alunos em sala de aula. Discutimos teoria, mas ao mesmo tempo, procuramos relacioná-la à prática pedagógica do professor. Segundo os próprios professores esses momentos são fundamentais para a troca de experiências pedagógicas. Muitas ideias que deram certo em uma determinada escola, podem ser utilizadas, com as devidas adaptações, em outra unidade de ensino. O importante, segundo os professores, é ouvir o que o colega da mesma disciplina está fazendo. Isso torna o trabalho mais dinâmico e eficaz, pois as possibilidades de mudanças, na sala de aula, são ampliadas.
A avaliação desse encontro é muito positiva e revela que a formação em serviço do professor é indispensável para alcançarmos a excelência em educação. Dificuldades existem, mas podem ser superadas, desde que o professor sinta-se preparado para lidar com essas diversidades.
Os objetivos do encontro foram alcançados e o próximo já está agendado para agosto. Até lá os professores desenvolvem na escola as oficinas que definimos nesse encontro. As oficinas vão fortalecer a ideia da Olimpíada na escola e, além disso, sistematizar a prática de produção textual tão importante para o ensino da Língua Materna.
Muito obrigado a todos os profissionais que aderiram à ideia da Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa. O sucesso é o resultado do comprometimento de cada um de vocês.
Abaixo seguem fotos desse encontro.




















Campeões em Olimpíadas de Matemática

Nesta semana, o programa Mais Você da rede globo, recebeu Gustavo Haddad, um campeão em olimpíadas de matemática de 16 anos. O estudante disse que o incentivo da professora da 5ª série e a oportunidade de participar de uma competição foi o que fez ele gostar de matemática: “Eu tive uma professora que me incentivou bastante, e ela fez eu participar da primeira competição de matemática que estava acontecendo na minha cidade".

Gustavo se mostrou fã do matemático Malba Tahan. No programa ele apresentou o problema da divisão dos pães de maneira muito simples, e deu sua opinião quanto ao ensino de matemática dos dias de hoje: “Além de sair da decoreba básica de fórmulas, uma parte importante é tornar os problemas mais interessantes. Um passo fundamental é apresentar os problemas de maneira interessante”.

O Mais Você apresentou, ainda, uma matéria de Fabrício Battaglini que reforça o fato de que “Quase 60% dos alunos que estão na terceira série do ensino médio, têm insuficiência em matemática”.

Confira clicando no endereço abaixo! Vale a pena!




Nesta mesma semana, o Jornal da Band falou dos mais de 500 alunos de escolas públicas e privadas que receberam medalhas pela participação na Olimpíada Brasileira de Matemática. A entrega aconteceu no Rio de Janeiro, com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Quase 20 milhões de alunos de todas as regiões do país participaram da Olimpíada. Os vencedores receberão bolsas do CNPq e poderão participar de cursos preparatórios para competições internacionais.

No discurso, a presidente Dilma Rousseff elogiou o esforço dos alunos e anunciou o lançamento de um programa de 75 mil bolsas de estudo em universidades estrangeiras. A seleção deve começar no segundo semestre.

Para conferir, clique no endereço abaixo:

segunda-feira, junho 20, 2011

Relato de acompanhamento de Sequência Didática por Jair Pereira

No dia 20/06 estivemos na escola Evanda Sulei Juttel, no período matutino, para acompanhar a aplicação da Sequência Didática "Olimpíada das Palavras" pela professora Ana Cristina Trapp Inácio que leciona com uma turma de 4ª série do ensino fundamental. Esse trabalho de visitas às escolas integra a sistemática de capacitação planejada para o ano de 2011 e objetiva o fortalecimento da prática pedagógica em serviço.

Na verdade, o objetivo principal é experimentar, por meio da metodologia da Sequência Didática, as discussões de cunho teórico desencadeadas na formação presencial.

A Sequência Didática aqui explicitada seguiu as orientações da disciplina de Língua Portuguesa, do Setor de Capacitação Profissional, da Secretaria Municipal de Educação.

Acompanhamos o terceiro dia da Sequência Didática. Para esta etapa, a professora utilizou um jogo, chamado - TORTO. A dinâmica do jogo consiste em reunir os alunos em grupo de três componentes. Distribui-se para cada grupo um cartaz contendo um quadro com letras dipostas aleatoriamente. Os grupos têm um tempo de 15 minutos para formarem o maior número de palavras, utilizando essas letras, podendo acrescentar os sinais ortográficos se necessário. Ao término do tempo, cada grupo elege um aluno que vai ao quadro e escreve as palavras. Cada palavra escrita corretamente corresponde a um ponto para a equipe. A pontuação é transferida para cada componente da equipe na tabela afixada na parede da sala.

A seguir destacaremos alguns pontos que observamos durante o acompanhamento:

1. A Sequência Didática "Olimpíada das Palavras" configura-se em uma proposta interdisciplinar, uma vez que o conteúdo abordado, ortografia, é tratado dentro da disciplina de Educação Física. Esse trabalho de parceria entre as disciplinas, especialmente nas séries iniciais, é também um dos objetivos do projeto Sequência Didática.

2. A Sequência Didática "Olimpíada das Palavras" é uma gincana. Os alunos são desafiados, via "competição", a participar de jogos que envolvem a ortografia.

3. A disposição dos alunos em equipe, facilitou a realização da atividade, pois todos os alunos participaram escrevendo ou falando. Além disso, a organização da sala de aula colaborou para qua os alunos fossem ao quadro responder a atividade proposta.

4. O uso do dicionário também foi incentivado pela professora, especialmente, no momento da correção das palavras.

Finalmente cabe registrar que a proposta de trabalhar a ortografia na disciplina de Educação Física, por meio de jogos, representa um avanço na prática pedagógica da Professora Ana Cristina. Foi possível perceber claramente que o trabalho interdisciplinar fortalece a aprendizagem do aluno e, além disso, torna a sala de aula um espaço mais dinâmico e atraente.

Abaixo fotos da visita:








quinta-feira, junho 16, 2011

PROVA BRASIL 2011 - Matemática e Linguagem

No segundo semestre deste ano, será realizada a quarta edição da Prova Brasil. E para que você conheça melhor a avaliação e saiba o que será pedido a seus alunos, a revista Nova Escola on line publicou uma matéria especial. Nela consta as habilidades cobradas em cada disciplina, 96 exemplos de questões semelhantes às da prova, analisadas por especialistas, e como a avaliação é organizada.

Para conferir, basta clicar no tema da matéria - Tudo sobre a Prova Brasil 2011.

quarta-feira, junho 15, 2011

Oficinas Pedagógicas de Língua Portuguesa por Jair Pereira

No próximo dia 21/06, das 8 horas às 12 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça, acontecerá a segunda oficina pedagógica preparatória para a Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa. Participarão desse encontro professores da 4ª série do ensino fundamental de oito anos e os professores de Língua Portuguesa das séries finais. Também devem participar os responsáveis pela Olimpíada da unidade escolar.
A participação nessa formação é etapa integrante das ações que envolvem a Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa.
A proposta dessa oficina é ampliar e diversificar o trabalho com gêneros textuais nas escolas da rede municipal de Palhoça.
Ao longo do ano de 2010, pode-se perceber a necessidade latente de se trabalhar, de forma mais consistente, os gêneros textuais em sala de aula. Essa constatação reflete-se visivelmente nas dúvidas que muitos professores demonstram acerca das questões que envolvem a produção de textos.
Acreditamos que por meio de oficinas pedagógicas, o (a) professor (a) do ensino fundamental terá a oportunidade de estudar o conceito de gênero textual e refletir sua prática em sala de aula, por meio de sequências didáticas que permite incluir os professores participantes numa rede de conhecimento.
As formações acontecem na modalidade semipresencial. Para isso, utilizamos material impresso. Além disso, a oficina contará com atividades presenciais e a distância, que serão acompanhadas pelo professor formador.
A oficina prevista para 21/06 está organizada da seguinte forma:
O tema dessa oficina são as diferentes práticas de produção textual em sala de aula e as concepções de ensino da escrita com seus diversos procedimentos metodológicos.
1. Objetivos dessa oficina: identificar as diferentes práticas de produção textual em sala de aula; refletir acerca das concepções de ensino que embasam o ensino da escrita; discutir os diferentes procedimentos metodológicos que organizam o trabalho com a escrita.
2. Conteúdos dessa oficina: práticas de produção textual; concepções de ensino da escrita; procedimentos de metodologia.
3. Atividades dessa oficina: retomada do desafio da oficina anterior, em pequenos grupos. Em seguida os participantes serão convidados a refletir sobre a prática de produção de textos em sala de aula, relembrando experiências significativas. Essas experiências serão relatadas por meio de texto escrito e apresentadas em forma de seminário. Em seguida, em pequenos grupos, discutirão semelhanças e diferenças entre os relatos de experiência. Ainda com o objetivo de repensar a prática de produção textual em sala de aula, cada participante responderá a seguinte questão: hoje, como são as suas práticas de produção textual em sala de aula? Após, iniciaremos algumas reflexões sobre as respostas atribuídas a questão anterior, questionando: há situações em que a escrita tem uso e função social?; há interlocução entre leitor e autor; Você define claramente para seus alunos a situação de comunicação: escrever com uma intenção, para alguém ler, escolhendo o gênero mais adequado para esse objetivo e o local onde vai circular?. Na sequência, faremos a leitura do texto Por dentro da proposta. Para cada lugar, um jeito de falar. Por intermédio desse texto, os participantes poderão refletir acerca da proposta de ensino da língua com foco na teoria de gênero.
4. Materiais necessários: papel, caneta, papel pardo, caderno do professor: Se bem me lembro.
5. Organização: diferentes formas de agrupamentos: individual, pequenos grupos ou coletivo.
6. Tempo de duração: 04 horas
7. Desafio dessa oficina: leitura das páginas 85, 86 e 87 do caderno do professor: Se bem me lembro que trata do trabalho a partir de sequência didática.
Contamos com a participação de todas as escolas da rede municipal.
Seguem fotos da 1ª oficina realizada no mês de março:







Capacitações em curso: Pró-Letramento Alfabetização e Linguagem por Jair Pereira

Chegamos aos décimo sexto encontro do Pró-Letramento em Alfabetização e Linguagem. Cerca de 30 professores da rede municipal de ensino participam dessa formação que é realizada em pareceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. Os encontros são semanais e acontecem às terças-feiras, das 18 horas às 22 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça - FMP. A carga horária é de 120 horas, distribuída da seguinte forma: 84 horas presenciais e 36 horas a distância.

O Programa Pró-Letramento é uma das ações de formação continuada desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação em 2011. Serão várias as possibilidades de formação para os professores municipais, nas diversas áreas de ensino. Nenhum profissional de ensino receberá menos do que 40 horas de capacitação ao longo de 2011.

O município de Palhoça, hoje, é reconhecido no estado de Santa Catarina pelo investimento que realiza na formação de seus profissionais. Muitos municípios reconhecem o avanço de Palhoça quando se trata de capacitação profissional, pois o Setor de Capacitação criado pela atual gestão permite a organização e a continuidade do trabalho pedagógico na Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

A visibilidade do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação,via Setor de Capacitação, é possível graças a criação desse blog, em 2009, que possibilitou o registro e o arquivo das ações de formação continuada. Esse blog possibilita, além da visibilidade do trabalho, a troca de experiências entre os professores da rede municipal de ensino, a interação do professor com o próprio Setor de Capacitação, o acesso a informações logísticas das capacitações, entre outras informações pertinentes.

Eventos promovidos por outras instituições também podem ser acompanhados pelo blog. Na verdade, o professor tem acesso a informações relevantes acerca de sua área de atuação. Para exemplificar: os professores de matemática da rede municipal descobriram, via blog e capacitação, que os seus alunos podem concorrer ao Programa de Iniciação Científica ao conquistarem menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas públicas.



Pró Letramento - Matemática - 14º e 15° encontros por Karina Z Jacomelli A

Grandezas e Medidas foi o tema do 14° e 15° encontros do curso pró-letramento em matemática. A leitura de textos e projetos (em anexo), oferecidos pelo material do MEC, possibilitou uma rica discussão acerca do tema proposto.

Texto “Grandezas e medidas no ensino fundamental”

O conteúdo referente a grandezas e medidas está vinculado ao cotidiano do aluno e é de total relevância no mundo em que vivemos. São inúmeras as situações nas quais a necessidade de medir se faz presente: tecido na loja, temperatura de uma criança, pesagem de legumes em um supermercado, pressão arterial, horas extra trabalhadas, juros na prestação atrasada, etc.

Para os professores, essas situações são tão naturais que, ao trabalhar com seus alunos, acabam passando despercebidas. Até mesmo porque, tem-se a impressão de que trabalhar medidas é sinônimo de mobilizar instrumentos com medições convencionais como a fita métrica e a trena, ou não convencionais como o passo e o palmo. Situações problemas partindo da prática adquirida na convivência social da criança deixam de ser contempladas, principalmente, quando estas não tratam de medida de comprimento.


Durante a discussão, uma professora falou da capa do livro de seus alunos:


Podemos ver um instrumento de medida de tempo não mais utilizado: a ampulheta. Essa observação ressaltou o fato de que a forma como medimos hoje não é a mesma de tempos atrás. Ao longo da história, foram realizadas mudanças na tentativa de chegar cada vez mais em um sistema de medidas que não trouxesse conflitos entre os povos, por conta da exatidão de instrumentos de medição.


Interessante observarmos que, nos dia de hoje, ainda há pessoas que verificam o tempo (hora) olhando a posição do sol, em vez de olhar um relógio. E pessoas, como a mãe de um dos professores, que medem a área da cozinha utilizando passos.

Outro ponto do texto que mereceu destaque refere-se ao obstáculo epistemológico[1], uma vez que trabalhar grandezas e medidas é permitir a criação de um novo campo numérico: os números racionais.

Nesse novo campo numérico é normal a criança raciocinar da mesma forma que no conjunto dos números naturais, criando diversos obstáculos. Dentre eles:

- Comparação entre frações: acostumados com a relação 3 > 2, terão que construir uma escrita que lhes parece contraditória, ou seja, ½ > 1/3;
- Comparação entre decimais: se o tamanho da escrita numérica era um bom indicador da ordem de grandeza, no caso dos números naturais (8345 > 41), a comparação entre 2,3 e 2,125 já não obedece ao mesmo critério;
- Multiplicação com frações: se ao multiplicar um número natural por outro natural (sendo este diferente de 0 ou 1) a expectativa era a de encontrar um número maior que ambos, ao multiplicar 10 por 1/2 se surpreenderão ao ver que o resultado é menor do que 10;

Com isso, para o trabalho com os significados e com as representações dos números racionais, é de extrema importância dar tempo à criança para que ela possa romper conhecimentos anteriores construídos no trabalho com os números naturais.

Projeto A “Nossa Alimentação”

O projeto “Nossa Alimentação” foi elaborado para os três primeiros anos do ensino fundamental e propõe três diferentes atividades, ligadas entre si:

1. Vamos construir um canteiro de horta? – Nessa atividade, um dos objetivos está direcionado para o conceito de medida de comprimento.
2. Fazendo a feira – Um dos objetivos dessa atividade é resolver situações problemas utilizando o sistema monetário.
3. Vamos fazer “gelinho”? – Dentre os objetivos tem-se o trabalho com a medida de temperatura.

Juntamente com a apresentação do projeto, experiências vividas em sala de aula foram relatadas. Um professor contou como se deu a construção de uma horta em sua escola e, outra professora, como se deu a construção de uma horta comunitária pela escola.

Projeto B “O Lixo”

O projeto “O Lixo” foi elaborado para os dois últimos anos do ensino fundamental e, também, propõe três diferentes atividades, ligadas entre si:

1. A problemática do lixo – Um dos objetivos dessa atividade é trabalhar medidas de massa.
2. O tempo de decomposição do lixo – Como objetivo tem-se o desenvolvimento referente a medida de tempo.
3. A reutilização de materiais – Nessa atividade objetiva-se o trabalho com medida de capacidade.

Assim como no projeto A, os professores relataram experiências vividas em sala de aula referente ao tema lixo.

Terminamos o encontro com assuntos administrativos, e com esclarecimentos quanto às tarefas individuais a ser realizada a distância. Uma delas solicita que o professor escolha uma atividade a fim de aplicá-la para sala de aula. Após essa aplicação, que elabore um relato contendo o registre fatos relevantes, resultados, avaliação, aspectos positivos e negativos, propostas de alterações, sugestões de ampliação da atividade, etc. Se possível, o professor pode fotografar alguns momentos significativos deste trabalho com seus alunos.

[1] A noção de obstáculo epistemológico foi descrita inicialmente pelo filósofo francês Gaston Bachelard. Ele observou que a evolução de um conhecimento pré‐científico para um nível de reconhecimento científico passa, quase sempre, pela rejeição de conhecimentos anteriores e se defronta com um certo número de obstáculos. Assim, esses obstáculos não se constituem na falta de conhecimento, mas, pelo contrário, são conhecimentos antigos, cristalizados pelo tempo, que resistem à instalação de novas concepções que ameaçam a estabilidade intelectual de que detém esse conhecimento.

Para mais informações, acesse os links anexados nesta postagem.



Anexos:

1) Obstáculo epistemológico - people.ufpr.br/~trovon/cursos/especializacao2009/obstaculos.pdf acessado no dia 15/06/2011
2) Texto e projetos do fascículo 5 - http://www.megaupload.com/?d=R59D79J0
(Após clicar no link acima, para acessar o documento, preencha o "Digite isso aqui", clique no "Baixar arquivo" e, por último, clique em "Download comum")

terça-feira, junho 14, 2011

Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) no Jornal Nacional

"Cocal dos Alves fica a 262 quilômetros da capital, Teresina, e possui apenas 20 escolas. Na última Olimpíada Brasileira de Matemática, quatro estudantes da cidade conquistaram medalha de ouro. Um desempenho que superou o de 11 estados brasileiros".

Essa reportagem, além de outras coisas, mostra o depoimento de um vencedor de medalha que sente sua vida modificada por conta da participação na OBMEP, e ressalta que alunos, como este vencedor, incentivam colegas a gostarem de Matemática.

Para quem quiser conferir, acesse http://g1.globo.com/videos/jornal-nacional/v/cidade-no-interior-do-piaui-forma-campeoes-de-matematica/1535323/ (reportagem exibida no dia 13/06/11 no Jornal Nacional)

quarta-feira, junho 08, 2011

Visita à aula de Áurea Alessandra Gerlach e Claudia Andréia Meischein Vieira por Karina Zolia Jacomelli Alves

Áurea Alessandra Gerlach e Claudia Andréia Meischein Vieira são professoras da 4ª série do ensino fundamental do Grupo Escolar Professora Evanda Sueli Juttel Machado. Ambas me receberam no dia 07 de junho de 2011 para assistir uma das etapas de suas sequências didáticas “Não é problema, é solução”, condição colocada aos professores para a conclusão do curso de formação continuada, do setor de capacitação.

A sequência didática da professora Áurea propõe um trabalho com adição, subtração, multiplicação, divisão de números naturais, situações problemas, tabelas e gráficos, e cálculo mental. Na aula assistida, a professora deu oportunidade aos alunos de irem ao quadro para colocar suas soluções referentes ao cálculo das quatro operações: 876+4; 23489-11265; 154x23; 735:21. Essa oportunidade dada aos alunos permitiu a exposição de uma variedade rica de estratégias. Isto contribuiu significativamente para o aprendizado da turma, uma vez que vários alunos conseguiram explicar a escolha de estratégias de colegas, na busca de soluções.

Além de trabalhar diferentes algoritmos para as quatro operações, a professora Áurea solicitou a resolução de situações problemas. Isto aconteceu de duas maneiras: por uma lista de situações problemas e por um jogo (Na trilha da matemática). Referente a lista de situações problemas, os alunos resolveram individualmente e, antes de iniciarem, receberam orientações quanto ao que estava sendo solicitado.

O jogo “Na trilha da matemática” foi realizado em duplas. Cada integrante da dupla avançava na trilha a medida que conseguia resolver os problemas colocados. Entre eles, temos: Paguei 8 prestações de 65 reais por um aparelho de som. Quanto custou o aparelho?

A professora de educação especial, Claudia, trabalha adição e subtração com uma aluna da classe. As atividades solicitadas são direcionadas e respeitam o ritmo dessa aluna. Além disso, a professora Claudia ajuda mais dois alunos que acompanham a sequência didática da professora Áurea.

Além de atividades direcionadas, Claudia utiliza o material dourado. Segundo a professora, com esse material sua aluna consegue dar mais significado ao que está fazendo. O uso de desenhos também é considerado.

Parabéns professoras! A sequência didática de vocês irá contribuir muito para trabalhos futuros.
Obs: posteriormente, a sequência didática de cada professora será postada neste blog.

sexta-feira, junho 03, 2011

Visita à aula de Luana Helena de Souza por Karina Zolia Jacomelli Alves

Luana Helena de Souza, professora da 4ª série do ensino fundamental do Grupo Escolar Professora Inês Marta da Silva, me recebeu no dia 02 de junho de 2011 para assistir uma das etapas de sua sequência didática. A aplicação desta sequência didática é uma das condições, colocada aos professores para a conclusão do curso de formação continuada, do setor de capacitação.

Com o tema “A interpretação e a resolução de problemas matemáticos através de um novo olhar sobre as diferenças”, Luana propôs um trabalho com leitura e interpretação de textos, resolução de problemas matemáticos, adição, subtração e multiplicação. O ponto de partida foi a leitura, feita pelos alunos, dos livros da coleção “Ciranda das Diferenças” de Márcia Honora. Para a professora, isto servirá de estímulo ao grupo no momento da resolução, uma vez que os problemas usam os personagens das histórias e, assim, os alunos poderão se identificar com eles.

No dia da visita estava sendo desenvolvida a quarta aula da sequência didática. A professora dispôs os alunos em duplas e lhes deu uma lista de dez problemas matemáticos. O tempo dado para a resolução foi muito bem aproveitado, os alunos discutiram as tarefas entre si e receberam apoio da professora. A discussão referente as estratégias utilizadas, bem como sua solução, ficou para o dia seguinte.

Algumas observações merecem ser destacadas:

- A professora Luana introduziu a aula retomando acontecimentos anteriores, expôs o que queria que acontecesse nesta aula, e finalizou com suas observações. Além disso, elogiou seus alunos e os incentivou à leitura, dizendo que é por causa dela que a matemática está ficando mais fácil.
- Cada vez que a professora recebia uma pergunta, ela respondia por meio de outras perguntas. Ou seja, o aluno tentava sanar sua dificuldade pensando em outras questões referentes ao mesmo assunto.
- A tabela da tabuada, construída pelo aluno junto com a professora, pode ser utilizada na resolução dos problemas matemáticos. Luana permite que cada aluno decida se quer ou não usar essa tabela. Ao mesmo tempo, incentiva-os a não depender dela, com diversos argumentos. Um deles seria o fato de que ninguém vai sair de casa com uma tabela de tabuada no bolso, caso seja necessário usá-la.Luana se mostrou uma professora paciente, carinhosa, dedicada e organizada.

Parabéns pelo seu trabalho e pela sua ideia: usar a leitura de livros cujos assuntos são indispensáveis no mundo de hoje e, ainda, conseguir utilizá-los nos enunciados dos problemas matemáticos.

Obs: posteriormente, a sequência didática da professora Luana será postada neste blog.




Coleção Ciranda das Diferenças

A coleção Ciranda das Diferenças nos convida a um novo olhar sobre as diferenças, despertando a reflexão de todos. Em 10 livros e 10 CDs Interativos (Rom/Áudio/Vídeo) serão trabalhados os seguintes temas: Deficiência física, Cegueira, Síndrome de Down, Baixa visão, Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, Nanismo, Deficiência auditiva, Surdez e a língua sinais. Descrição por livros:

- Uma Tartaruga a Mil por Hora: conta a história de uma tartaruga diferente, que ao invés de fazer tudo devagar como as outras, fazia tudo muito rápido, parecendo que tinha rodinhas nos pés. Como resolver toda esta agitação?
- O Canto de Bento: conta a historia de um maestro bem-te-vi que tinha o sonho de ter um filho que continuasse seu trabalho na jabuticabeira. As coisas vão ter que ser adaptadas quando descobrem que Bento, o filho do maestro, não sabia cantar como os outros pássaros.
- A Familia Sol, Lá, Si: é um livro que conta a história de uma familia de elefantes roqueiros, porém um de seus integrantes, Nando, nasce com uma deficiência. Será que arrumarão um jeito de incluir o elefantinho nesta banda?
- Dognaldo e sua Nova Situação: conta a história de um cachorro que sofre um acidente e fica numa cadeira de rodas. Como será que ele e sua familia vão lidar com essa nova situção?
- A escola da Tia Maristela: conta a história de uma escola para ensinar golfinhos a participarem de espetáculos aquáticos. Certo dia, recebe uma nova aluna que não aprendia como os outros. Será que Sofia iria desistir de seus sonhos?
- Uma Amiga Diferente: conta a história de um zangão filhote que conhece uma abelha diferente das outras e descobre neste contato uma amizade para toda a vida.
- O Charme de Tuca: nos conta a história de um coelho que descobre que a razão de suas notas baixas era devido ao seu problema visual. Será que depois de solucionado esse problema suas notas irão melhorar?
- O Problema da Centopéia Zilá: conta a história de uma centopéia que tinha uma de suas perninhas mais curta que as outras. Quando resolve diminuir a diferença entre suas pernas recebe uma grande surpresa da vida.
- Nem todas as Girafas são iguais: trata da história de uma girafa que não tinha a mesma altura que as outras, mas mesmo assim, tinha o sonho de ser uma jogadora de basquete. Será que ela vai arrumar uma forma de participar do tão esperado campeonato da escola?
- Uma Formiga Especial: conta a história de Danilo, uma formiga que nasce cega. Danilo tinha muita vontade de ajudar no sustento do formigueiro, mas como será que ele e sua família vão conseguir enfrentar essa dificuldade?


(Fonte: http://loja.tray.com.br/loja/produto-122427-1563-colecao_ciranda_das_diferencas acessado no dia 03/06/11)

Aplicação de Sequência Didática por Jair Pereira

No dia 02/06/2011, no período vespertino, tivemos a oportunidade de acompanhar a aplicação da sequência didática "A exploração dos recursos naturais de Palhoça", pela professora Luana Helena de Souza que leciona com a 4ª série, no Grupo Escolar Professora Inês Marta da Silva. Esse trabalho de acompanhamento das sequências didáticas integra a sistemática de capacitação desenvolvida no ano de 2011 e visa ao fortalecimento da formação do professor em serviço. Na verdade, a ideia fundamental é experimentar, por meio da metodologia da sequência didática, as discussões de cunho teórico desencadeadas na formação presencial.

A sequência didática, aqui explicitada, seguiu as orientações da disciplina de Língua Portuguesa, do Setor de Capacitação, que solicitou aos professores dos anos iniciais, a elaboração de uma sequência didática que contemplasse um gênero textual, aqui o poema "Paraíso" de João Paulo Paes.


Durante o período de observação, cerca de duas horas, percebemos algumas situações que merecem destaque:

1. A disposição dos alunos em círculo facilitou o desenvolvimento das atividades, pois a professora teve mais espaço para circular e atender individualmente as crianças. Esse contato próximo criar vínculos e fortalece as relações de confiança, tão fundamentais, na sala de aula, especialmente nos anos iniciais.



2. A mediação da professora conduziu a um trabalho de troca e participação intensa de todos os alunos. Percebemos uma preocupação constante por parte da professora em despertar a participação do grupo.



3. O número reduzido de alunos, 11 apenas, sem dúvida, facilita a interação professor/aluno.

4. A escolha, pela professora, do poema "Paraíso" possibilitou uma discussão importante sobre a degradação ambiental. Ao final do poema, a professora promoveu uma reflexão bastante significativa, com as seguintes questões: o que você faria se a rua fosse sua; se a mata fosse sua; se o rio fosse seu; se o mundo fosse seu. As opiniões das crianças deram origem ao cartaz.


5. A ideia de utilizar o gênero texual "poema" para tratar de um assunto tão sério como é a questão ambiental mostra a capacidade de a professora articular diferentes informações acerca de um mesmo tema.

6. A produção de um cartaz que apresenta os problemas ambientais do município, para expor no mural ecológico, é outro momento significativo da sequência didática. Atividades como esta incentivam a produção do aluno, pois o professor não é mais o único interlocutor. Toda a escola se constitui interlocutora.


A avaliação dessa sequência didática é bastante positiva, uma vez que corrobora com o trabalho desenvolvido pelo Setor de Capacitação da Secretaria Municipal de Educação. Também reafirmamos o comprometimento e a capacidade pedagógica da professora Luana no desenvolvimento de suas atividades docentes. São momentos como estes que nos mostram como ainda é possível transformar a sala de aula em um espaço profícuo de aprendizado. Além disso, verificamos, in loco, como a organização da aula, via sequência didática, torna o processo ensino-aprendizagem mais dinâmico e, por consequência, mais interativo.

quarta-feira, junho 01, 2011

Prêmio Destaque Mulher Palhocense

No dia 30 de maio de 2011, com o objetivo de reconhecer, valorizar, homenagear e premiar mulheres que se destacaram no Município de Palhoça por suas ações, a Faculdade Municipal de Palhoça homenageou 26 mulheres, representando cinco diferentes áreas: Responsabilidade Social, Educação, Negócios, Política e Poder Público Municipal. Quinze dessas mulheres receberam a Medalha Olívia Emilia Guedert.

Natural de Palhoça, Olívia Emília Guedert Brum, nasceu no dia 28 de junho de 1907 e durante sua vida destacou-se na Política e Alta Costura, fazendo vestidos para a sociedade de Florianópolis. Nas décadas de 1960 e 1970, ela fez muitos vestidos para as noivas de Palhoça e de São José, inclusive para a filha do ex-governador Ivo Silveira, Elizabete. No âmbito da Política, em 1976, aos 69 anos, Olívia foi eleita vereadora pelo partido Arena e três anos depois, quando tinha 72, tornou-se presidente da Câmara dos Vereadores de Palhoça, a primeira e única mulher a ocupar esse cargo. Olívia faleceu em 16 de maio de 2001, um mês antes de completar 94 anos.

A seguir, os nomes das homenageadas:

EDUCAÇÃO:

- ALINE FILIPPUS

- KARINA ZOLIA JACOMELLI ALVES

- LUZINETE CARPIN

- MARIAH TEREZINHA NASCIMENTO PEREIRA

- SCHEILA MARIA BITTENCOURT

- TALITHA NAHAS CLAUMANN

NEGÓCIOS:

- IVONE WEISS

- JOYCE SILVEIRA

- MARIA DE LOURDES ROSA

POLÍTICA:

- DIRCE HEIDERSCHEIDT

- LAURITA MARIA DA SILVA DOS SANTOS

- MARIA SALETE WERLICH CORRÊA

PODER PÚBLICO:

- ARLENE MARLI WAGNER DA SILVA

- ERLI PAULO GISELE DA SILVA

- JOCELETE ISALTINA SILVEIRA DOS SANTOS

- MARIA TEREZINHA FLORES DA SILVA

- MARIA VERÔNICA GERALDI LIBERATO

- RITA DE CÁSSIA DA SILVA SCHMIDT

- THEREZINHA SILVA KNABBEN

RESPONSABILIDADE SOCIAL:

- ELIANE DA SILVA

- HILDA LEMOS

- IRMÃ NEVES

- MÁRCIA MURITA JANSEN

- MARIA DE LOURDES WESSLER

- MARIA DO CARMO RODRIGUES HILLESHEIM


Informações extraídas do site da Faculdade Municipal de Palhoça - http://www.fmpsc.edu.br/

Relatório do Programa Pró-Letramento: Alfabetização e Linguagem por Jair Joaquim Pereira

Nos dias 19/04/2011 e 03/05/2011, das 18 horas às 22 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça, aconteceram o 9º e o 10º encontro do Programa de Formação Continuada: Pró-Letramento Alfabetização e Linguagem, com os professores da rede municipal de ensino. O tema desses encontros é o domínio do sistema alfabético no que diz respeito às relações fonêmico-grafêmicas, discussão tão importante em se tratando de alfabetização.
Os conteúdos debatidos foram os seguintes: apropriação do sistema da escrita; as diferenças entre a escrita e outras formas gráficas; convenções ortográficas; unidades fonológicas; a natureza alfabética do sistema de escrita; relação fonema/grafema.
No dia 19/04/2011, num primeiro momento, apresentamos aos cursistas o plano de trabalho, destacando que o objetivo desse encontro é o de reconhecer as especificidades do sistema alfabético. Assim, iniciamos a leitura e discussão da unidade II do fascículo 1: apropriação do sistema de escrita. Explicamos aos cursistas, de forma detalhada, cada uma das capacidades importantes para a apropriação do sistema de escrita do português que devem ser trabalhadas em sala de aula. Chamamos a atenção para o fato de que o trabalho sistemático dessas capacidades é fundamental nos momentos iniciais da alfabetização.
Em seguida, apresentamos o slide 5 que retoma a discussão anterior. Consideramos um momento importante a apresentação dos slides, pois mostrou de forma mais objetiva e prática, aos cursistas, as capacidades elencadas na Unidade II do Fascículo 1. Ressaltamos que muitas atividades envolvendo a música, por exemplo, despertam maior interesse na criança, tornando o ambiente alfabetizador mais prazeroso e dinâmico. Os jogos também são fundamentais nesse processo inicial de alfabetização, pois estimulam o raciocínio e a cooperação. Um dos cursistas salientou que estava claro que as crianças precisam de um espaço propício à alfabetização. E esse espaço passa necessariamente pelo planejamento de atividades interessantes que façam com que a criança participe de forma consciente. É notório que os cursistas, por meio das discussões disseminadas a partir do Pró-Letramento, adquiriram um novo olhar em torno da alfabetização. Claro que estamos ainda no início, mas os avanços já são significativos.
Ao final do encontro, os cursistas perceberam a importância do conhecimento profundo acerca das capacidades que embasam o sistema de escrita. Constataram, também, que sem conhecimento teórico a prática alfabetizadora perde seu direcionamento e o processo de ensino-aprendizagem fica prejudicado.
Prosseguindo as atividades, no dia 03/05/2011, solicitamos aos cursistas que retomassem a unidade II do fascículo 1, a fim de sanarmos possíveis dúvidas não esclarecidas, no encontro anterior. Aqui constatamos que os cusistas realmente leram o material solicitado, revelando comprometimento com as atividades do Pró-Letramento.
Posteriormente, os cursistas realizaram a leitura do quadro 2 da página 24, a fim de planejarem atividades, à luz de seu projeto de trabalho. As atividades compreendem as capacidades que embasam o sistema de escrita. Utilizamos, como exemplo, as atividades apresentadas no slide 5. Os cursistas organizaram-se em torno de seu projeto de trabalho e produziram atividades bastante significativas ao sistema de escrita. Esse momento de produção durou cerca de 2 horas.
Após o intervalo, sugerimos que as atividades planejadas circulassem no grupo, para que todos pudessem conhecer e sugerir sobre o que havia sido planejado. Também orientamos os cursistas que aplicassem, junto aos seus alunos, as atividades elaboradas e que, em seguida, relatassem esse processo de aplicação, comentando avanços e discutindo dificuldades. Insistimos que o registro escrito é uma forma adequada de redefinir a prática pedagógica. Sem esse registro, não é possível encaminhar mudanças na prática alfabetizadora. Na sequência, ainda recomendamos aos cursistas que voltassem às atividades planejadas e analisassem com atenção as sugestões do grupo.
Para finalizar esse encontro, reafirmamos aos cursistas que as atividades aplicadas, bem como o relatório de aplicação deveriam ser entregues no encontro seguinte. Solicitamos, também, que organizassem uma breve apresentação, destacando a aplicação das atividades em sala de aula.


A seguir fotos dos encontros: