quarta-feira, dezembro 07, 2011

Squência Didática - Kátia Aparecida Antória Ribeiro e Márcia Helena Reffatti

CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE Professor Febrônio Tancredo de Oliveira

Professoras: Kátia Aparecida Antória Ribeiro e Márcia Helena Reffatti

Áreas: Geografia e Língua Portuguesa

Temática: Cordéis nordestinos

Introdução
Após a definição da estratégia de trabalho passamos à escolha do tema, optamos pelo trabalho com cordéis nordestinos, ao observarmos os gêneros literários, percebemos que esses são sugeridos pelos PCN para a prática de escuta e leitura e para a de produção de textos orais e escritos. Estes são gêneros privilegiados para a abordagem de textos de diferentes registros, como também de diferentes dialetos sociais e regionais. O estudante precisa conhecer as variedades da língua, para se conscientizar de que a variação é constitutiva de qualquer língua natural. Além disso, respeitar o modo de falar do outro, as diferenças lingüísticas, é um dos caminhos para aceitar a pluralidade cultural e étnica que caracteriza o brasileiro. Neste sentido o trabalho com este tipo de gênero literário ajuda o estudante a se tornar um leitor competente, pois possibilita que estabeleça relações entre textos ou do texto lido com o seu conhecimento de mundo, ou extrapolar o que lê para outras situações. O trabalho interdisciplinar com a área de Geografia possibilita ao estudante relacionar os conceitos trabalhados na série Manifestações culturais da Região Nordeste no caso do Cordel aos demais conceitos como: Polígono das Secas, Migração, flagelados da seca, Indústria da seca, Cisternas como soluções á seca, Região em expansão etc. A apreciação a obras de Patativa de Assaré entre outros cordelistas, exemplos de cordéis e xilografistas, possibilitará o contato com o universo poético desse gênero que expressa à riqueza cultural do sertanejo nordestino. Uma das características mais marcantes do cordel é a xilogravura que ilustra a capa dos folhetos, a técnica é rústica: passa-se tinta sobre uma figura entalhada e pressiona-se essa matriz sobre o papel, como se fosse um carimbo,como a ilustração sintetiza a história contada pelo cordelista, é um elemento importante a ser explorado. O pernambucano J. Borges, considerado o mais importante xilógrafo do Brasil, já teve seu trabalho exposto até no Museu do Louvre, em Paris. O que faz da poesia de cordel um instrumento capaz de estimular o hábito da leitura são características que costumam encantar as crianças, entre elas a musicalidade das rimas, a temática, que geralmente remete à cultura nordestina, e as metáforas, que abrem caminho para boas discussões. Para dar o devido destaque ao ritmo e à musicalidade proporcionados pelas rimas, os professores treinarão e a entonação, lembrando-se sempre de que é recitando de modo expressivo que os cordelistas atraem compradores para os seus folhetos. Informando sobre a história e a estrutura poética, os alunos terão referências da relação entre o texto e a oralidade típica do gênero. A utilização da língua propõe a compreensão de textos orais produzidos por seus pares e oportuniza ao estudante o acesso a materiais produzidos em diferentes linguagens e para variadas mídias. A partir da observação de um poema de cordel possibilitará conscientizar-se dos recursos utilizados pelo texto literário, justificamos nosso trabalho com esta citação:

“[...] uma opção de ensino que preocupa em preparar o aluno para a vida possibilitando-lhe o desenvolvimento da competência comunicativa o que, em última instância, dar-lhes os meios para agir pela linguagem dentro da sociedade [...]” (Travaglia 1996)

Ano: 6ª séries Turno: Matutino e Vespertino Turma: 61,62 e 63

Conteúdo: Cordéis Nordestinos

Objetivos:
Ampliar o conhecimento sobre literatura de cordel;

Apreciar o poema de cordel;
Verificar a versificação e o conteúdo de um poema de cordel;

Estimular a leitura de outros poemas de cordel;
Despreender as peculiaridades do texto em verso e do texto em prosa;
Relacionar os conceitos trabalhados na área de geografia.

Tempo estimado: Cinco aulas.

Material necessário:
Cópias de cordéis nordestinos, folhas ofício A 4, réguas, lápis de cor e /ou cera, folha almaço ou caderno (guia), cordões, livros e revistas com cordéis

Estratégias metodológicas:
1ª ETAPA:
Conversa com a turma sobre as diferenciações dos brasileiros que se expressam nas regiões brasileiras, pois, estamos trabalhando a Região Nordeste entre as manifestações culturais se destacam os cordéis. Compartilhamos com os estudantes as informações reunidas sobre a literatura de cordel, além de um exemplar original para mostrá-lo à sala, deixando que as crianças explorem a ilustração da capa. Explicaremos que muitas obras de cordel estão disponíveis na internet, em seguida, em voz alta as professoras fazem a leitura da primeira parte de um cordel, mas que, no decorrer da atividade, todos poderão desempenhar esse papel.

2ª ETAPA: Conversa com a turma sobre a literatura de cordel: sua origem, o porquê do nome, seu desenvolvimento no Brasil, o preconceito que pesou sobre o gênero no passado, sua valorização nos dias de hoje etc. Apresentação de cordéis, de livros com cordéis, breve histórico dos cordéis, utilização de temas, versos, técnicas, xilografia como ilustração e poetas cordelistas como Patativa de Assaré entre outros. Cada estudante após a explicação da métrica escuta e observação dos exemplos receberá uma folha ofício A 4 que após fazer uma dobradura, ao meio ou em quatro partes utilizarão para confecção do cordel. Poderão utilizar uma folha guia para escrever o poema que deve ser escrito com letras de imprensa (caixa alta ou forma) utilizando frente e verso da folha.

3ª ETAPA: A elaboração do cordel deverá ser em dupla ou individual, ao concluir deverão ilustrar, podendo realizar o desenho ao longo do texto, ou somente na capa devendo ser em preto e branco.Estão livres para fazer uma xilogravura com bandejas de isopor,o desenho deve estar ligado à temática podendo ser colorido o que não é recomendado pelos cordelistas pois descaracteriza esse gênero literário. Uma das características mais marcantes do cordel é a xilogravura que ilustra a capa dos folhetos. A técnica é rústica: passa-se tinta sobre uma figura entalhada e pressiona-se essa matriz sobre o papel, como se fosse um carimbo. Como a ilustração sintetiza a história contada pelo cordelista, esse é mais um elemento que pode ser explorado em sala de aula. O pernambucano J. Borges, considerado o mais importante xilógrafo do Brasil, já teve seu trabalho exposto até no Museu do Louvre, em Paris.

4ª ETAPA: A observação e cuidado com a métrica e correção ocorrerá concomitantemente à elaboração do cordel e a compreensão de conceitos trabalhados na área de geografia .Os cordéis serão expostos no hall de entrada do CAIC junto com os cartões postais que produziram com colagem e síntese de apreensão de conceitos da geografia.
Avaliação: Será avaliada a produção escrita, pois segundo os PCN a escola deve priorizar os textos que “caracterizam os usos públicos da linguagem”, ou seja, aqueles em que os interlocutores são desconhecidos ou mantêm entre si certo distanciamento, privilegiando-se a modalidade escrita da língua. Verificaremos se os alunos conseguiram interpretar adequadamente o cordel e analisaremos o compromisso deles com a preparação da leitura.

Relatório:
O trabalho com cordéis surgiu das sugestões do livro texto e a possibilidade de trabalho com gêneros literários com professores da área de Língua Portuguesa, no entanto as estratégias e formas de socialização destas lendas foram sendo alteradas, pois inicialmente realizavam cartazes e/ou murais, no entanto as produções eram geralmente excelentes e a grande dificuldade era o arquivamento. No ano anterior passamos para os livros das turmas, fato que foi bem aceito e aprimorado como a exigência da letra de forma, a ausência de legenda e a inclusão do nome logo após o título como co-autores. Nossa meta era organizarmos um texto introdutório, pela atribulação do dia a dia ficou para os próximos, além de um sumário com os títulos e ilustradores/autores das sínteses. Propomos também as rodas de leitura, no entanto apesar de informalmente ocorrerem à troca de mitos entre si e a contação de algumas, não consolidamos essa proposta. Apesar de ser uma estratégia utilizada com frequência há dificuldade de propostas interdisciplinares com demais áreas do conhecimento, conseguimos a parceria com a professora de Ensino Religioso. Trocamos os textos dos mitos e lendas, a cosmogonia dos povos indígenas, as influências à cultura brasileira dos afro-descendentes e indígenas, questionando os valores morais atribuídos no imaginário do povo. Buscando sempre evidenciarmos as contribuições na formação do povo brasileiro perpassando pela história de dominação colonial, questionando os preconceitos e os estereótipos tão presentes no ambiente escolar. Outro fato relevante de registrar é a ausência de cópias das lendas para os estudantes, temos que retirar aos poucos, pois fica dispendioso ao docente, poderíamos também aprofundar os assuntos com textos jornalísticos e/ou de revistas. Cada estudante deve pagar a cópia das provas e recuperações, apesar da inadimplência ser frequente é um gasto agregado ao orçamento docente à possibilidade de estratégias diversificadas como as relatas nesta sequência didática.

Squência Didática - Luciana da Rosa Ferreira Silva e Mara Regina Oliveira

Escola Básica Professor Neri Brasiliano Martins


A cultura do município de Palhoça com enfase no bairro Praia de Fora onde está inserida a escola Professor Neri Brasiliano Martins


Introdução

A importância desse tema é em estar resgatando e relacionando a cultura local do bairro onde a escola esta inserida à cultura do município de Palhoça através da pesquisa feita pelos alunos na comunidade.


Ano - 7 ano


Conteúdos - cultura, paisagem, costumes, estudo do meio, tradição, colonização açoriana.


Objetivos

O objetivo é despertar no aluno o interesse em valorizar a cultura local para preservar as raízes da história local através de pesquisa que contará com tecnologias audio-visuais.


Tempo estimado - seis aulas


Material necessário - máquina fotográfica, DVD, celulares, data show e computador.


Desenvolvimento


Primeiro Passo

Nesse momento iremos conceituar cultura com o auxílio de uma filme sobre o município de Palhoça "Palhoça terra de muitas histórias", depois vamos propôr aos alunos com base no que eles viram no filme, que façam registros fotográficos onde retrataram a cultura de seu bairro.


Segundo passo

Os alunos deverão agrupar as fotos e enviar por e-mail para a professora, para que possamos produzir uma apresentação com o tema explorado.


Terceiro passo

Agrupar as fotos em uma apresentação de slaides e passar para os alunos em sala através do data show. Neste momento iremos construir o trabalho conjuntamente, escolhendo as fotos que melhor retratarem a cultura do bairro em que eles vivem, no mesmo momento iremos construir os textos que irão aparecer no trabalho.


Quarto passo

Apresentar o trabalho realizado para a escola da seguinte forma: nas salas para outros alunos ou mostrando na feira multicultural e por fim copiar o trabalho em CD para os alunos que participaram da pesquisa.


Avaliação

Iremos avaliar a participação dos alunos em conseguir as fotos para o trabalho, o empenho em fazer o trabalho e a desenvoltura na apresentação para a escola.


Bibliografia

Dicionários

Filme "Palhoça terra de muitas histórias"



Conclusões


Primeiro passo: aconteceu de maneira sotisfatória, os alunos assistiram o filme sobre a cultura do município de Palhoça, gostaram, fizeram comentários relacionados as paisagens que eles conheciam, como por exemplo: a praça da Enseada do Brito que é de conecimento deles devido ficar próxima a escola que localiza-se no bairro vizinho Praia de Fora. Desse passo passamos para a quatão do significado da palavra cultura, pesquisamos em dicionários os significados, fizemos as relações necessárias até chegar na questão histórica da chegada dos Açorianos a Ilha de Santa Catarina e consequentemente ao litoral do município de Palhoça.


Segundo passo: a professora de história apronfundou as questões históricas relacionadas ao assunto, esplicando como viviam os Açorianos nas ilhas portuguesas e como isso foi repassado como tradição e virou costume na região onde foi povoado por açorianos. Cada grupo de aluno ficou responsável em registrar através de fotos, cenários que representassem a influencia cultural açoriana no bairro Praia de Fora onde está inserida a escola.


Terceiro passo: recebimento das fotos. Nesse momento foi bem complicado pois nossa escola está em outro prédio que não tem sala de informática, então pedimos que eles nos enviassem as fotos por e-mail, mas nem todos tem acesso a internet. Mudamos a estratégia e pedimos que os alunos trouxessem as fotos como eles conseguissem, nesse caso conseguimos pegar algumas fotos através do Bluetooth dos celulares e também através das redes sociais como Orkut.


Quarto passo: contrução da apresentação com as fotos tiradas pelos alunos.


Avaliação: conseguimos ver que os alunos se envolvem mais com o tema estudado quando o assunto está relacionado a sua vida ou ao lugar onde ele mora. Neste caso mais ainda porque eles podiam usar equipamentos tecnológicos como as máquinas fotográficas.

Sequência Didática - Andreza Patrícia Zluhan e Rocelito Souza Coelho

Escola Básica Municipal Prefeito Reinaldo Weingartner


Amazônia

Objetivos

Identificar e compreender a configuração natural do bioma Amazônia. Relacionar coberturas vegetais, fauna, clima, relevo, solos e recursos hidrícos no bioma. Analisar processos de ocupação na região, considerando energia e transportes, estrativismo vegetal e mineral, agropecuária e urbanização. Reconhecer e anlisar a organização social de populações tradicionais da Amazônia. Identificar unidades de conservação e usos sustentáveis da biodiversidade do bioma Amazônia. Desenvolver pesquisa, coleta, seleção e organização de dados, textos e imagens. Ler e interpretar mapas em diferentes escalas.


Conteúdos

Amazônia: caracterização, configuração natural, usos, risicos e ameaças; a nascente do Rio Amazonas Biodiversidade; diversidade cultural; populações tradicionais; produção econômica; produção do espaço; unidades de conservação; cartografia.


Ano - 7 ano

Tempo estimado - Seis aulas



Introdução
Esta seqüência didática é uma série de duas sobre as regiões brasileiras para Ensino Fundamental II. A primeira delas teve como objetivo fazer com os alunos um mapeamento das regiões brasileiras, acompanhado de discussões sobre as classificações das unidades naturais presentes no território brasileiro.
Desta vez, o tema central é a Amazônia, bioma que se tornou símbolo mundial da biodiversidade e que abriga a maior floresta tropical e a maior bacia hidrográfica do planeta, com 68% da vazão nacional. À diversidade natural, hoje ameaçada, se associa uma extraordinária diversidade cultural, composta por povos indígenas, ribeirinhos, comunidades quilombolas, posseiros e seringueiros.
Praticamente tudo que se refere à região é superlativo. O bioma Amazônia possui cerca de oito milhões de quilômetros quadrados, distribuindo-se por nove países da América do Sul. No Brasil, atinge 4,1 milhões de quilômetros quadrados, pouco menos que a metade do território nacional. Uma extensa cobertura vegetal, à primeira vista homogênea, revela em seu interior matas de terra firme, encostas, igapós e várzeas, além de cerrados e campinas. Relativamente isolada ao longo do tempo, a região tem hoje ritmo acelerado de crescimento e expansão de fronteiras econômicas, gerando diversos focos de tensões sociais e impactos ambientais.
O tema é um convite aos estudantes para saber mais sobre a riqueza e complexidade das realidades da Amazônia, por meio de pesquisas, leitura de textos e mapas, painéis e debates.



Desenvolvimento
1ª aula
Conversa com os alunos sobre o que eles já sabem a respeito da Amazônia. Discutir as informações levantadas pela classe e pedir que registrem em seus cadernos. Esses pontos serão retomados ao final da seqüência. Em seguida, dividir a turma em pequenos grupos e pedir que observem os mapas a seguir. Pergunta aos alunos por que dizemos que não existe uma Amazônia, mas várias?



Bioma Amazônia

Bacia Hidrográfica Amazônica

Amazônia Legal

De acordo com os mapas, os estudantes devem perceber que temos a Amazônia Legal, o bioma Amazônia, a Bacia Hidrográfica Amazônica, além da divisão político-regional do país que estabelece a Região Norte. Apresenta informações sobre cada uma delas, utilizando o texto a seguir e visualizando o texto e os mapas em data show.



Amazônias
Bacia Amazônica: desde sua nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a foz, o Amazonas tem uma extensão de 6.400 quilômetros, superando o Nilo, segundo as últimas pesquisas. É também o maior rio do planeta em vazão, com volume variando de 120 milhões a 200 milhões de litros de água por segundo. Essa vazão de água doce corresponde a 20% de todos os rios do planeta. Estima-se que por dia ele lance no Oceano Atlântico 1,3 milhões de toneladas de sedimentos.



Bioma Amazônia: Corresponde ao conjunto de ecossistemas que formam a Bacia Amazônica. Está presente em nove países da América Latina. Além das florestas tropicais, sua paisagem também é composta por mangues, cerrados, várzeas, entre outros. No Brasil, encontra-se o núcleo dessa paisagem, a hiléia amazônica, com grande concentração de árvores de grande porte, com até 50 metros de altura, tendo o rio Amazonas como eixo que domina 300 quilômetros para cada lado do seu curso, que ocupa 3,5 milhões de quilômetros quadrados.



Amazônia Clássica: É uma divisão política e geográfica, que inclui os seis estados que formam a região Norte: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre e Amapá. Nessas unidades, predomina a floresta tipo hiléia.



Amazônia Legal: É uma criação administrativa do governo federal, de 1996, que juntou os estados da Amazônia Clássica aos que se situavam em suas bordas (Maranhão, Tocantins e Mato Grosso), tendo com ela certa identidade física, humana e histórica, seja no Meio Norte (pelo lado do Nordeste), como no Planalto Central (pelo Centro-Oeste). Essa região poderia receber recursos dos incentivos fiscais, um fundo formado pela renúncia da União à cobrança de impostos de empreendedores dispostos a investir nessa fronteira ainda pouco conhecida e ocupada. Em vez de aplicarem capitais próprios, esses investidores podiam se habilitar a receber dinheiro que, sem os incentivos, teriam que ser recolhidos ao tesouro nacional na forma de imposto de renda. Esse fundo foi administrado por duas agências federais, a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia - SPVEA (entre 1953 e 1966) e, em seguida, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia - Sudam, extinta em 2000 sob acusações de corrupção. Sua recriação foi prometida, mas até hoje não efetivada.
Fonte: Almanaque Brasil Socioambiental, 2004, p. 74.


Pedir aos alunos que montem um quadro-síntese com os dados. Informando também que, apesar da grande extensão, a área do bioma Amazônia conta com apenas 25 milhões de habitantes. Segundo dados do Instituto Socioambiental, descontadas as sobreposições, em 33% do bioma localizam-se áreas protegidas, sendo 21% parques e terras indígenas e 12% unidades de conservação federal e estadual.



2ª aula
Sugerir à turma manter os grupos de trabalho e proponha que cada um deles escolha um tema sobre a Amazônia, listados abaixo, para pesquisar e elaborar painéis com textos, fotos, mapas e dados apresentados em tabelas e gráficos:


1. Bioma - formações florestais e outras coberturas, solos e fauna.

2. A água na Amazônia

3. Diversidade sociocultural na Amazônia

4. Integração territorial e matriz de transportes da Amazônia

5. Matriz energética da Amazônia

6. Cidades e urbanização da Amazônia

7. Zona Franca de Manaus

8. Agropecuária na Amazônia

9. Extração de madeira, desmatamento e queimadas na Amazônia

10. Áreas protegidas, zoneamento ecológico-econômico e projetos de conservação na Amazônia.


Explicando à turma que as pesquisas devem ser realizadas ao longo desta aula e da próxima, e dando algumas orientações e referências para o trabalho. Comentando com os estudantes que eles podem encontrar uma série de informações no movimento Planeta Sustentável e pedindo que leiam o Especial Amazônia e o artigo Povos da Amazônia, disponíveis no site.


Pedindo que os alunos levem em conta as diferentes fases e processos de produção do espaço da região, e com eles o período da borracha, no século 19, e os planos de desenvolvimento regional, nos anos 1970. Apesar da riqueza regional, a população da Amazônia apresenta dificuldades de acesso aos recursos e serviços básicos. Lembrando à classe que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad/IBGE de 2006, apenas 56% dos domicílios estavam ligados à rede de água e somente 4% dos domicílios tinham acesso à rede de esgotos.


Apresentar aos alunos, ainda, os mapas a seguir:


Mapa 1 - Amazônia Legal: logística de transportes - 2006

Mapa 1 - Amazônia Legal: logística de transportes - 2006. Fonte: BECKER & STENNO, p. 86.



Mapa 2 - Amazônia: desmatamento e Unidades de conservação

Mapa 2 - Amazônia: desmatamento e Unidades de conservação. BECKER & STENNO, p. 74.


3ª aula
Acompanhar o trabalho dos grupos e destacando alguns pontos importantes. Disponibilizando acesso aos conteúdos na internet. Sobre a configuração do bioma e do meio físico, chamando a atenção para o fato de a região estar em clima equatorial, com temperaturas médias em torno de 26 a 27 graus Celsius e elevada pluviosidade. A diversidade de coberturas compreende as matas de terra firme - livres de inundações -, recobrindo cerca de 80% da Amazônia no país. As matas de várzea ocupam terrenos ao longo dos rios de águas claras, como o Amazonas, a Madeira e o Purus, e as matas de igapó podem ser encontradas nos terrenos mais baixos e úmidos.
Mostrando também o arco do desmatamento, longa faixa do leste do Pará a Rondônia, fortemente afetada pela expansão das frentes agropecuárias e madeireiras - e seus riscos para as comunidades ribeirinhas, indígenas e outros povos da floresta.
Comentando com a classe que a biodiversidade é o maior patrimônio da região e também do país. A flora compreende algo em torno de 30 mil espécies. São cinco mil espécies de árvores, contra apenas 650 na América do Norte. Quanto à fauna, destacam-se as espécies de peixes, aves e artrópodes - insetos, aranhas etc. - além de quase duas mil espécies de borboletas. Com base nessa riqueza, multiplicam-se os usos com a "floresta em pé", pesquisas, bioindústrias, plantas para fitos medicamentos e cosmética, coleta e processamento de produtos florestais, manejo florestal e outros. (Para saber mais disponível no site do Planeta Sustentável).



4ª aula
Passar um vídeo sobre a nascente do rio Amazonas. Enfatizando aos alunos que O Rio Amazonas, localizado na América do Sul, é o segundo mais extenso rio do mundo e de longe o com maior fluxo de água por vazão, com uma média superior que a dos próximos sete maiores rios combinados (não incluindo Madeira e Rio Negro, que são afluentes do Amazonas). A Amazônia, que tem a maior bacia de drenagem do mundo, com cerca de 7 050 000 quilômetros quadrados, responsável por cerca de um quinto do fluxo pluvial total do mundo.



5ª e 6ª aulas
Reservado o tempo e espaços para que os grupos finalizem os painéis e organizem roteiros de apresentação dos resultados. Promovendo a apresentação dos grupos e discussão os resultados com a turma. Elaborando, com a participação de todos, um quadro-síntese sobre a Amazônia. Em seguida, propondo que cada aluno volte às impressões iniciais registradas na primeira aula e solicitando que escrevam os novos dados.



Avaliação

Leva em conta a participação de cada um nos momentos individuais e coletivos. Examinando a correção de dados, mapas e textos e a disposição dos elementos do painel. Avaliando o domínio de noções, conceitos e processos que são uma chave para o entendimento da realidade amazônica, de acordo com os objetivos propostos. Reservando um tempo para que a turma avalie a experiência e considere a possibilidade de novos desdobramentos para o trabalho.



Conclusão
As aulas foram bastante proveitosas, alguns alunos se mostraram empenhados, foi possível avaliar de varias formas, tendo um debate bem participativo ao final. Algumas fotos foram batidas de alguns grupos, sendo que a maquina também inibiu a outros, muitos não se sentem à vontade, preferem não olhar, foi respeitada assim a vontade de cada um.


Bibliografia

AB´SABER, As. Problemas da Amazônia Brasileira: entrevista. Estudos Avançados, n. 53, jan-abr. 2005, p. 7-35 (Dossiê Amazônia Brasileira I).

BECKER, Bertha; STENNER, Cláudio. Um futuro para a Amazônia. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

FURLAN, Sueli A.; NUCCI, João C. Nucci. A conservação de florestas tropicais. São Paulo: Atual, 1999 (Série Meio Ambiente).

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2004.

InternetMinistério do Meio Ambiente. Biodiversidade e florestas Rede Povos da Floresta